Combustíveis e supermercados pesaram no índice em Minas

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Da variação de 5,3% no volume de vendas, apurada em Minas Gerais em novembro de 2013, na comparação com o mesmo mês de 2012, uma importante parcela é derivada do segmento de combustíveis e lubrificantes, com aumento de 7,4% e também de compras em supermercados, com elevação de 5,4%. No entanto, no mesmo período, o setor de material de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou queda considerável, de 19,96%.

"O setor de supermercados tem um peso de 45% na composição desse índice", explicou a economista do IBGE, Aleciana Gusmão, lembrando que o consumidor mineiro tem um perfil mais moderado, priorizando bens de primeira necessidade. "No Brasil, o setor de supermercados tem um peso menor, de 40%, na composição do índice, que foi de 7%", comparou.

Como um todo, em Minas, as vendas no setor alimentício cresceram 4,7% em novembro, também na comparação com novembro de 2012, enquanto no de tecidos aumentaram 5,8% e, no de outros artigos de uso pessoal e doméstico, 3,39%.

No acumulado dos 12 meses, enquanto a variação do comércio foi de 4,4% no país e de 0,8% em Minas, no Estado o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou aumento de 4,8%; o de alimentos caiu 2,9%; o de tecidos, vestuário e calçados manteve-se inalterado, o de outros artigos de uso pessoal e doméstico variou 14,5%, enquanto no segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, as vendas recuaram 13,96% no período. No Brasil, houve crescimento de 2,77%.

Aleciana tem uma explicação para essa queda no segmento de escritórios, em Minas Gerais. "Até 2011, as taxas de crescimento foram muito elevadas, com os preços dos microcomputadores sempre em deflação", pontua. Mas, segundo ela, com uma demanda já razoavalmente atendida e com uma curva ascendente dos preços em virtude da recente desvalorização do real frente ao dólar, o consumo no Estado recuou, assim como no Distrito Federal, com queda de 21,98%

O Rio de Janeiro e São Paulo, no entanto, apresentaram crescimento de 29,51% e 4,31%, respectivamente, o que pode refletir a venda de equipamentos mais modernos. Aleciana observa que a queda de 13,96% nas vendas do setor de escritórios registrada em Minas nos 12 meses aconteceu, apesar da elevação de preços dos microcomputadores ter sido menor do que a apurada no Brasil. "Enquanto os preços aumentaram 5,6% no país, em Minas subiram 6,9%, o que confirma um perfil mais moderado do consumidor mineiro e também uma demanda já satisfeita", observa.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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