Programa Leite Legal será lançado hoje na Faemg

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Objetivo é ampliar a qualidade do produto.

Ao longo dos dois próximos anos serão capacitados em Minas Gerais cerca de 15 mil pecuaristas de leite. O objetivo é ampliar a qualidade do leite destinado à indústria, o que também traz retorno financeiro para o produtor. A capacitação será feita pelo Programa Leite Legal, que será lançado, hoje, em Belo Horizonte.

O Leite Legal é um programa nacional idealizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

As técnicas desenvolvidas pelo Senar serão aplicadas pela Qconz, empresa brasileira especializada na capacitação voltada para a melhoria de qualidade.

De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das Comissão de Pecuária de Leite da CNA e da Faemg, Rodrigo Alvim, o projeto será fundamental para a evolução da produção leiteira do país. No Brasil, a expectativa é ampliar o projeto em 81 mil unidades produtivas.

"O Leite Legal é um projeto diferenciado dos já existentes no país. Além das aulas teóricas, que somam cerca de 15 horas, os instrutores irão visitar todas as unidades produtivas participantes onde será aplicado um check-list que avaliará as condições das fazendas e identificado o que precisa ser modificado. Também é feito o teste que avalia a qualidade do leite e o compara com o anterior. Após este processo a qualidade do leite será avaliada através dos relatórios mensais das indústrias", ressalta.


Capacitação - O objetivo do projeto é capacitar produtores e demais envolvidos na atividade para que estejam aptos a atender, principalmente, às exigências mínimas dos parâmetros de contagem bacteriana total (CBT) e de contagem de células somáticas (CCS).

De acordo com Alvim, o controle das células somáticas e das bactérias é fundamental para a produção. "A análise do leite é importante para assegurar a qualidade do leite e do rebanho. Quando existe alteração nos índices da CBT e da CCS indicam que o animal esta ou esteve com infecção".

Pequenos e médios produtores de leite, que ainda não atendem aos padrões de qualidade exigidos pela Instrução Normativa (IN) 62 do Ministério da Agricultura terão a oportunidade de se capacitarem gratuitamente para se enquadrarem às exigências desta legislação.

"Nosso objetivo é levar o programa para as principais bacias leiteiras do país. Pela importância e pelos resultados positivos acreditamos que o projeto poderá será expandido ao longo dos próximos anos", diz.

No Estado, as propriedades que irão participar do projeto poderão ser apontadas pela indústria, que mensalmente recebe o teste de qualidade do leite de cada fornecedor.

"A princípio a industria irá selecionar os principais fornecedores que precisam melhorar a qualidade final do leite, que é atestada mensalmente por testes feitos nos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento".

A expectativa é que os resultados no Estado sejam tão positivos como os obtidos na fase de teste do projeto. De acordo com Alvim, em 2012, foi desenvolvido um projeto-piloto nos estados do Paraná, Goiás e Distrito Federal. No período foram aplicadas as técnicas do projeto nas propriedades envolvidas e os resultados foram muito favoráveis.

Para se ter uma ideia dos resultados, em uma propriedade do Paraná, por exemplo, a contagem de células somáticas antes do projeto tinha uma média de 552 mil, após a intervenção a contagem caiu para 314 mil, redução de 43%. Em Goiás, a redução foi de 66%, com a contagem caindo de 637 mil para 215 mil. No caso da contagem bacteriana total no Paraná o índice caiu de 124 mil para 85 mil, queda de 45%.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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