Citi corta preços-alvo de empresas dos setores de consumo e alimentos

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A Citi Corretora reduziu os preços-alvo de ações de empresas de consumo e alimentos, para refletir uma combinação de crescimento fraco, câmbio desvalorizado e taxas de desconto mais altas nas estimativas de fluxo de caixa das companhias.

A instituição cortou o preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da Ambev de US$ 45,00 para US$ 40,50, com recomendação neutra, e o dos recibos de ações da BRF de US$ 27,50 para US$ 26,50 - indicando compra. Para Hypermarcas, o preço-alvo das ações passou de R$ 19,00 para R$ 18,00 e, no caso de Natura, a redução foi de R$ 54,00 para R$ 49,00, ambas com indicação neutra.

No ramo de frigoríficos, o preço-alvo do Citi para as ações da JBS teve um leve ajuste, de R$ 7,50 para R$ 7,25, com recomendação neutra. Da mesma forma, o preço-alvo para os papéis da Marfrig recuou de R$ 12,00 para R$ 11,00, mas com indicação de compra.

As atuais estimativas, afirma a casa em relatório, refletem novas premissas macroeconômicas, risco país mais alto e outros ajustes operacionais específicos. A instituição ainda afirma que a BRF continua a ser um dos nomes preferidos do setor de consumo na América Latina.

"Apesar de o mercado doméstico de carnes processadas não estar imune à desaceleração, os catalisadores de crescimento do segundo semestre incluem maiores margens nas exportações por conta do real mais fraco; safra de milho melhor que o esperado no Brasil em junho; integração das redes de distribuição de Sadia e Perdigão em junho gerando sinergias incrementais; e a venda recente da Seara ", afirma a equipe de análise do Citi.

No que tange às empresas Marfrig e JBS, a corretora afirma que as margens nas exportações devem aumentar por conta do real mais fraco. Em relação à Natura, o Citi diz acreditar que os resultados "opacos" que a companhia deve apresentar no segundo trimestre vão levar a um semestre com números mais fracos que o esperado. "O valuation continua não atrativo, em nossa visão", diz a casa.

Por fim, a corretora avalia que a Hypermarcas tende a ser a empresa mais afetada tanto operacional quanto financeiramente. Como ponto a favor, o Citi diz que o preço da ação da companhia se ajustou e o "valuation" melhorou. "Mais tração em seu portfólio de consumo é necessária para que possamos revisar sua recomendação neutra."

No relatório, a corretora ainda reduziu as projeções para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2013 de todas as companhias em questão, com exceção de JBS, cuja estimativa aumentou em 10,2%.



Veículo: Valor Econômico


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