Alta dos preços atinge principalmente alimentação básica do paraense

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Com alguns produtos da cesta básica cada vez mais caros, os consumidores fazem o que podem para tentar driblar a inflação e equilibrar o orçamento todos os meses. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos divulgados na semana passada, por exemplo, revelam que o preço da comida subiu 14% no Pará, no mês de maio. O feijão, porexemplo, está 14,13% mais caro, seguido da banana, que aumentou 13,67%, e da mandioca, que ficou 3,97% mais cara. "O feijão rajado foi o que mais aumentou. Mas tem que comprar, né? Não tem como substituir", declarou a cozinheira Iza Caldeira, de 35 anos, que vende refeição na Feira da 25. O frentista Edgar da Silva Cristo, de 55 anos, também tem sentido no bolso o impacto da inflação. "Nos últimos meses o feijão e a farinha estão muito caros. O leite também aumentou", afirma. Por conta disso, ele tomou algumas medidas, como reduzir o consumo de farinha.

"Feijão também como, mas agora diversifico, comprando o preto de vez em quando. Além disso, não como mais arroz e macarrão no mesmo dia. Quando como arroz, não como macarrão e quando como macarrão, não como arroz. Desse jeito, a gente vai driblando a inflação", avalia.

Isabel Danin, aposentada de 57 anos, é outra consumidora que reclama do preço dos produtos. "Tudo aumentou. A farinha, o feijão, o arroz, o açúcar. Tudo está mais caro. Se você for no supermercado, vai ver que todo o dia aumenta um pouco". Assim como Edgar, ela também procurar a melhor maneira de equilibrar o orçamento. "Ás vezes, troco o feijão rajado pelo feijão preto", revela.

CORTE
Uma das primeiras coisas que a dona de casa Vanda Santos da Silva, de 55 anos, fez quando o preço da farinha começou a disparar foi reduzir o consumo do produto. "A gente procura diminuir um pouco. Eu gastava dez litros por semana e agora gasto sete ou oito", afirma. "A farinha foi um dos produtos que mais subiram de preço nos últimos meses. Tudo aumentou. Ontem, fazia quase quinze dias que não ia no supermercado e fiquei espantada. Feijão eu uso pouco, uns dois quilos por mês. Então, se ficar muito caro dá para deixar de comer", declarou.

A estratégia do consumidor de fugir dos alimentos caros pode dar resultado. Feirante no bairro da Pedreira, Jeane Medeiros revela que o preço do produto sofreu uma ligeira queda. "É porque agora estão fazendo mais plantação e também as pessoas deixaram um pouco de comprar, porque estava muito cara", observa.

Além disso, pesquisar é sempre um bom caminho para quem quer economizar na hora de comprar alimentos. O LIBERAL verificou, por exemplo, que o consumidor pode gastar de R$ 3 a R$ 5 com a dúzia da banana na feira da Pedreira. Em um supermercado do mesmo bairro, a fruta custa de R$ 1,89 a R$4,29 o quilo, enquanto em outro supermercado o preço varia de R$ 3,75 a R$ 4,39. Somente nesse bairro o feijão foi encontrado com preços que variam de R$ 2,09 a R$ 6,69, enquanto a farinha pode ser comprada a preços que variam de R$ 5 a R$ 8,5.



Veículo: O Liberal - PA


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