Antecipar compra de material escolar traz economia de até 7%

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Reajuste dos preços está previsto para janeiro


O período de festas de fim de ano ainda nem acabou e já tem gente pensando na lista de material escolar. Antecipar a compra pode representar economia de até 7% para o consumidor se for feita antes da virada do ano, apontam especialistas.

A opção de comprar os produtos da lista de material escolar durante as férias também significa economizar a paciência dos compradores em função das lojas menos movimentadas. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), Fabio Mortara, diz que quem começar as compras de material escolar nos próximos dias pode garantir uma economia do tamanho da inflação.

— Temos dois pontos que explicam isso: o ambiente com expectativa de inflação mais alta e a reposição dos custos para a produção industrial, o que se refletirá nos preços ao consumidor. Este reajuste deve ficar entre 5% e 7% em janeiro — prevê Mortara, cuja entidade responde pela fabricação dos produtos de papelaria, os mais significativos nas compras.

A gerente da Livrarias Catarinense no Beiramar Shopping, em Florianópolis, Suzi Mara Goularte do Amaral, explica que as vendas começaram a ser mais significativas a partir da última semana, o que deve se estender pelos próximos dois meses. Para atender a esta demanda, ela explica que a primeira encomenda do período junto aos fornecedores, prevista para chegar nesta semana, é 10 vezes maior do que o comprado nos demais períodos do ano.

— Vamos receber esse material em grande quantidade a partir do dia 27 porque, passadas as férias, começa a procura. Passou o Natal, a gente transforma o setor de papelaria.

Entre os itens que são mais procurados nas lojas especializadas estão os artigos que servem como opções para presentear no Natal, como lembra a gerente de produtos da Havan, Stela Dalva Feiber.

— As mochilas e as agendas têm uma boa saída já em dezembro. Os demais itens começam a vender bem na segunda semana de janeiro. Em geral, os preços subiram em torno de 5% (comparados com as médias de 2012). As mochilas importadas tiveram um aumento maior devido ao dólar, mas conseguimos boas negociações na linha de cadernos devido ao volume comprado — explica.

Renovação dos estoques

O lançamento de novos produtos, marcas e modelos deixa o mercado de material escolar sempre renovado.

— Fazemos uma lista de produtos básicos com preços competitivos porque há muitas empresas vendendo material escolar. Neste ano, a lista tem mais de 120 produtos. Como os colégios vão ficando maiores ou surgem novos, isso faz as vendas crescerem. A nossa perspectiva é aumentar entre 10% e 15% — afirma Suzi, da Catarinense.

Na Havan, onde os produtos de confecções e utilidades domésticas abrem espaço para cadernos, canetas e outros produtos escolares, o crescimento nas vendas deve ser ainda maior. A gerente de produtos da rede que conta com 50 lojas, Stela Dalva Feiber, estima um crescimento de 30% em função da abertura de novas unidades e o parcelamento das compras em crediário próprio.

Mesmo quem antecipar as compras deve ficar atento para a diferença de preços de uma loja para outra. A pesquisa anual que mostre a alteração no comportamento dos preços destes produtos ainda não está atualizada, o que deve ocorrer somente no início da segunda quinzena de janeiro de 2013, de acordo com a responsável pelo Sistema de Informação de Preços no Procon-SC, Roselei Batista. Ela explica que os valores oscilam muito neste período do ano e, por isso, a consulta será realizada e divulgada justamente no período em que há maior volume de vendas.



Veículo: Diário Catarinense


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