Hering estuda aquisições para garantir crescimento

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Uma das maiores redes de vestuário do Brasil registrou queda de vendas no trimestre em lojas abertas há pelo menos um ano por “errar a mão” na coleção feminina




A Hering pode partir para as aquisições para garantir o crescimento nos próximos anos. “A incorporação de outras marcas já existentes, que façam sentido para nosso negócio, está entre as alternativas de expansão”, disse, sem dar mais detalhes, Fabio Hering, presidente da companhia, durante a teleconferência de resultados. Em caixa, a companhia tem disponíveis R$ 207 milhões.

A Hering tem 562 lojas em todo o país, incluindo unidades franqueadas. Enquanto isso, a empresa absorve a falta de assertividade no sortimento de produtos femininos na coleção de inverno, um dos fatores que fizeram cair o faturamento. Segundo a empresa, a coleção não teve grande procura pelas consumidoras pela ausência de itens de malharia e de moda, ou seja, que fogem da proposta básica das camisetas que fizeram a fama da empresa.

Para uma companhia como a Hering, errar a mão na coleção feminina é preocupante, já que a categoria responde por 60% de sua receita. A consequência foi uma queda de 3,9% nas vendas no conceito mesmas lojas (unidades em funcionamento há pelo menos um ano) em relação ao segundo trimestre de 2011. “A questão do mix de produtos foi uma surpresa negativa”, disse Guilherme Assis, analista do Raymond James.

Fabio Hering afirma que o inverno de temperaturas amenas e o ritmo lento da economia também influenciaram nos resultados. “Erros de coleção se destacam principalmente em ummomento de maior competitividade no mercado. Mas não foi nada que tenha nos deixado apreensivos quanto ao desenvolvimento de coleções”, afirmou.

No período, o tíquete médio caiu 2,2%, para R$ 113,16. Ou seja, a companhia registrou queda no valor médio de compras numa época em que os artigos custam mais caro. Nas últimas semanas, com o clima mais frio em várias regiões do país, a empresa afirma ter verificado uma retomada das vendas.

O problema é que as promoções para desovar os estoques já começaram, baixando o faturamento.Para o empresário, os desafios verificados no primeiro semestre ainda podem influenciar os resultados da companhia no curto prazo. “Estamos trabalhando na oferta de produtos e nas ações de marketing”, afirmou Hering.


Veículo: Brasil Econômico


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