Setor cresce abaixo da expectativa no 1º tri, com comercialização menor

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A indústria elétrica e eletrônica registrou alta de 7% no faturamento de janeiro a março, em relação a igual período de 2011. Áreas ligadas a bens de capital e infraestrutura - como automação industrial, equipamentos industriais, GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica) e telecomunicações - tiveram crescimento, enquanto segmentos que produzem para o consumidor final, como informática e material elétrico de instalação, apresentaram quedas.

Com o resultado, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) revisou sua projeção de crescimento para 2012, de 13%, para 11% no ano. O segundo semestre, quando é esperado avanço entre 13% e 14% sobre igual período do ano anterior, deverá possibilitar atingir este desempenho. A nova projeção iguala o crescimento de 2012 ao do ano passado - em 2011, o setor eletroeletrônico faturou R$ 138,1 bilhões, alta de 11% sobre 2010.

Apesar do crescimento de 7%, o setor avalia que o início de ano não foi bom, pois as vendas ficaram abaixo do esperado. "Os setores que mais cresceram têm muitas encomendas do ano anterior, que estão sendo faturadas agora, mas encomendas menores nesse início de ano vão se refletir no faturamento futuro", diz o gerente de Economia da Abinee, Luiz Cezar Rochel.

Por conta disso, e de sondagens realizadas em abril e maio, que indicam que os negócios da indústria eletroeletrônica também não tiveram bom desempenho nestes meses, a entidade avalia que o crescimento neste segundo trimestre deverá ser menor do que observado de janeiro a março.

O segmento de informática, particularmente, teve seu crescimento anual revisado para 5%, ante expectativa inicial de 10%. As dificuldades de exportação para a Argentina, o adiamento de investimentos nos segmentos produtivos, reticentes com a crise internacional, e a mudança no comportamento dos consumidores explicariam o avanço mais modesto. "A área de telecomunicações hoje tem produtos muito atrativos, o que leva o consumidor a optar por esses equipamentos, que cumprem funções antes exclusivas da informática", explica Rochel.

No segundo semestre, a redução da taxa de juros, o aumento da oferta de crédito e dos investimentos governamentais devem servir de estímulo ao setor, acredita a Abinee. No entanto, a desvalorização do real deve aumentar os custos de produção, uma vez que a indústria eletroeletrônica ainda é muito dependente da importação de componentes. Por outro lado, a entrada em vigor, em agosto, da desoneração da folha de pagamento deverá contribuir para a redução de custos nos segmentos que mais utilizam mão de obra, como produtos elétricos e eletrônicos personalizados.



Veículo: DCI


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