IGP-DI perde força em fevereiro e sobe 0,15%

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Rio - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,15% em fevereiro ante um aumento de 0,58% em janeiro, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) ontem.

 

Com este resultado, o índice acumula alta de 0,73% no ano e queda de 0,19% em 12 meses. Em fevereiro de 2017, o índice havia subido 0,06% e acumulava alta de 5,26% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve alta de 0,15% em fevereiro, após a elevação de 0,58% registrada em janeiro.

 

O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, teve um aumento de 0,17% em fevereiro, ante um crescimento de 0,69% em janeiro. A redução nos preços dos alimentos arrefeceu a inflação em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,17% no último mês, após uma alta de 0,69% em janeiro.

 

Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação menores. A principal contribuição para a taxa mais baixa do IPC-DI partiu do grupo Alimentação, que passou de alta de 1,23% em janeiro para queda de 0,29% em fevereiro, sob influência de itens como hortaliças e legumes, que saiu de aumento de 15,75% para redução de 1,16% no período.

 

Os demais decréscimos ocorreram nas taxas dos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 2,75% para -0,05%), Vestuário (de 0,34% para -0,76%), Comunicação (de 0,13% para -0,21%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,50% para 0,40%) e Transportes (de 1,12% para 1,11%).

 

Os destaques foram os itens cursos formais (de 5,84% para -0,02%), roupas (de -0,01% para -0,76%), mensalidade para TV por assinatura (de 0,30% para -1,91%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,04% para -0,27%) e tarifa de ônibus urbano (de 2,08% para 1,18%).

 

Na direção oposta, pressionaram mais o IPC-DI os grupos Habitação (de -0,47% para 0,19%) e Despesas Diversas (de 0,14% para 0,20%), com avanços na tarifa de eletricidade residencial (de -4,25% para 0,95%) e alimentos para animais domésticos (de 0,58% para 0,87%).

 

Núcleo do IPC-DI - O núcleo do IPC-DI de fevereiro subiu 0,23%, após um aumento de 0,44% em janeiro, segundo a FGV.

 

O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 0,67% no ano e avanço de 3,25% em 12 meses.

 

IPAs - Os preços dos produtos agropecuários no atacado, medidos pelo IPA Agrícola, subiram 0,59% em fevereiro, após terem recuado 0,52% em janeiro, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais mensurados pelo IPA Industrial registraram ligeiro avanço de 0,01% em fevereiro, depois de uma elevação de 0,94% no atacado em janeiro.

 

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,42% em fevereiro ante um aumento de 0,16% em janeiro.

 

Os preços dos bens intermediários subiram 0,25% em fevereiro, após avançarem 1,34% em janeiro. Os preços das matérias-primas brutas registraram alta de 0,76% em fevereiro, depois de subirem 0,18% no mês anterior.

 

Construção - As despesas com materiais também subiram menos, ajudando na desaceleração da inflação do IGP-DI. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) registrou alta de 0,13% em fevereiro, após a elevação de 0,31% em janeiro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,28% em fevereiro ante um aumento de 0,69% em janeiro. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação (0,0%) em fevereiro, após já ter ficado estável (0,0%) em janeiro.

 

Pressionaram o INCC-DI em fevereiro os vergalhões e arames de aço ao carbono (1,40%), ferragens para esquadria (2,07%), elevador (0,49%), refeição pronta no local de trabalho (0,92%) e cimento Portland comum (0,56%).

 

Na direção oposta, ficaram mais baratos em fevereiro os itens massa de concreto (-1,50%), metais para instalações hidráulicas (-0,52%), projetos (-0,30%), tinta a base de PVA (-1,24%) e compensados (-0,94%).

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 


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