Mercado prevê taxa de juros em 1 dígito até o fim de 2021

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As projeções indicam uma Selic em 9,75% ao ano no fim de 2017, e em 9,00% no fim de 2021. Atualmente, a taxa está em 13,00% ao ano

 



BRASÍLIA - A abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 16, pelo Banco Central, mostra que os economistas projetam a Selic (a taxa básica de juros da economia) em um dígito pelo menos até o fim de 2021. As projeções indicam uma Selic em 9,75% ao ano no fim de 2017; em 9,50% no fim de 2018; em 9,25% no fim de 2019; em 9,00% no fim de 2020; e em 9,00% no fim de 2021. Atualmente, a taxa está em 13,00% ao ano.


O relatório Focus também aponta que os economistas do mercado reduziram levemente suas projeções para a inflação neste ano. A mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 foi de 4,81% para 4,80%. Há um mês, estava em 4,90%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,50%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. Esta foi a primeira vez que o BC publicou, no relatório, os dados referentes ao próximo ano.


Os dados indicam que a inflação brasileira ficará abaixo de 4,5% em 2021, em 4,47%. Esta foi a primeira vez que foram divulgados números referentes à inflação de 2021. Na quarta-feira passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA em 2016 ficou em 6,29%. O porcentual ficou dentro do intervalo da meta perseguida pelo BC, de 4,5% com margem de tolerância de 2,0 pontos porcentuais (inflação até 6,5%). Os preços mais acomodados, somados à forte recessão que atinge a economia, fizeram o BC anunciar, no mesmo dia, o corte da taxa básica de juros, a Selic, de 13,75% para 13,00% ao ano.

 

PIB. Na esteira do corte de juros e da divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de novembro, na semana passada, o Relatório de Mercado Focus indicou manutenção nas projeções de atividade para 2017 e leve piora para 2018. Pelo documento divulgado hoje, a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 seguiu com alta de 0,50%. Há um mês, a perspectiva era de avanço de 0,58%. Para 2018, o mercado reduziu a previsão de alta de 2,30% para avanço de 2,20% no PIB. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,30%.


Câmbio. O Relatório Focus mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,40 no encerramento de 2017, ante os R$ 3,45 esperados uma semana atrás. Há um mês, estava nos R$ 3,49. O câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,39 para R$ 3,36, ante R$ 3,42 de um mês antes. No caso de 2018, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,50. Quatro semanas antes, estava no mesmo patamar. Já a projeção para o câmbio médio no próximo ano foi de R$ 3,46 para R$ 3,45, ante R$ 3,49 de quatro semanas atrás.

 


Fabrício de Castro , Broadcast


Fonte: O Estado de São Paulo

 

 

 


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