Vendas do comércio do Rio caíram 2% durante a Olimpíada, diz CDL

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Estimativa era de aumento de 5% no período de 2 a 21 de agosto.
'Vendas ficaram concentradas nos setores de alimentação', diz presidente.


 As vendas do comércio do Rio não atenderam às expectativas dos lojistas para o período olímpico, entre os dias 2 e 21 de agosto. A estimativa era de aumento de 5%, no entanto, houve queda de 2%. Os dados são do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDLRio).
 
A pesquisa mostrou que 95% dos 500 comerciantes ouvidos disseram que “mesmo os produtos verde e amarelo alusivos à Olimpíada não atingiram as expectativas”. Para 71% dos entrevistados, as vendas ficaram “entre um e dois por cento negativas, apesar de 89% das lojas terem funcionado normalmente nos dias de feriado”.
 
 Para o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, “eventos dessa grandiosidade acabam tirando o foco das pessoas do consumo, o que também foi observado na Copa do Mundo", quando o comércio do Rio registrou um prejuízo de R$ 5,7 milhões com estoques encalhados.
 
“As vendas ficam mais concentradas nos setores de alimentação e entretenimento. Além da informalidade que cresce assustadoramente durante eventos dessa magnitude, outro fator que também contribuiu para a queda das vendas foram os inúmeros feriados, que mesmo com o comércio podendo funcionar, afastou os consumidores das ruas na maior parte da cidade, exceção a alguns bairros da Zona Sul, Zona Oeste e Centro, com maior circulação de turistas, onde lojistas de alguns segmentos tiveram vendas positivas”, disse Aldo, em nota.
 
 Foram ouvidos lojistas dos ramos de eletroeletrônicos, artigos esportivos, decoração, roupas (especialmente de camisas temáticas e esportivas), calçados, papelaria, suvenires e produtos verde-amarelo para saber como foram as vendas durante a Olimpíada.
 
De acordo com o levantamento, os produtos mais procurados foram roupas, camisas temáticas e outras, acessórios, como chapéus, viseiras, bandanas, óculos coloridos, sandálias, suvenires, entre outros. O preço médio de compra foi de cerca de R$ 100.
 
A pesquisa foi feita principalmente com as lojas da Zona Sul (38%), do Centro (36%), Zonas Norte (12%) e Oeste (14%).
 
Feriados
O comércio varejista pode perder R$ 7 bilhões em receitas de vendas em 2016 devido ao excesso de feriados em 2016. Ao todo, serão 10 nacionais, três estaduais e seis municipais (contando com os olímpicos) , dos quais 11 em dias úteis com possibilidade de prolongamento, conhecido como “enforcamento”.
 
A decretação de mais um feriado no dia 4 de agosto, além do que estava programado para a Olimpíada, provocou a reação do  presidente do Clube dos Diretores Lojistas e do Sindilojas do Rio de Janeiro, Aldo Gonçalves.
 
Na ocasião, o presidente disse que o comércio não é contra a realização da festa mais importante do país, mas não é possível decretar feriados a qualquer momento.
 
"Já aconteceu na Copa do Mundo alegando questões de segurança. São cinco anos para se preparar e acontece isso. Falta planejamento, não tem diálogo e o comércio não é procurado, infelizmente".
 
A Prefeitura alegou que o decreto que estabelece o feriado permite que o comércio abra. O CDL, entretanto, analisou que mesmo assim os feriados e os seus possíveis prolongamentos penalizariam os lojistas, principalmente de lojas de rua, que são as que mais sofrem, especialmente no Centro da cidade e na Zona Norte, devido a fatores como a queda de circulação de pessoas.
 
Fonte: Portal G1


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