Juros fecham em baixa com aumento da aposta em impeachment e alívio no câmbio

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                  Ao término da sessão regular da BM&F Bovespa, o DI abril de 2016 projetava 14,585%, de 14,595% no ajuste anterior.

Os juros futuros confirmaram no fechamento dos negócios o sinal de baixa visto ao longo de toda a sessão desta quarta-feira (9) refletindo o crescimento das apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff e também a queda forte do dólar ante o real. As taxas mais curtas tiveram recuo menor do que as longas, limitadas pelo IPCA de novembro acima da mediana das estimativas do mercado.

Ao término da sessão regular da BM&F Bovespa, o DI abril de 2016 projetava 14,585%, de 14,595% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2017 recuava de 15,78% para 15,71%. O DI janeiro de 2018 fechou em 15,98%, de 16,07% no ajuste desta terça-feira. O DI janeiro de 2021 terminou em 15,68%, de 15,77% no ajuste.

Desde a abertura, a curva devolveu prêmios, refletindo a leitura do investidor de que a presidente Dilma se enfraqueceu com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, de suspender a instalação da comissão especial para analisar o pedido de impeachment, o que atrapalharia os planos do governo de acelerar a apresentação da sua defesa. Tal percepção ganhou ainda mais força ao longo do dia após o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) ter sido destituído da liderança do partido na Câmara depois que um grupo de deputados do PMDB pró-impeachment protocolou requerimento com 35 assinaturas.

Na parte da tarde, os juros renovaram as mínimas, quando o dólar acelerava o recuo para mais de 2%, também nos patamares mais baixos do dia. A moeda norte-americana caiu ante o real igualmente pela movimentação no cenário político doméstico, na contramão do comportamento visto ante as demais divisas de países emergentes e exportadoras de commodities. Às 16h23, o dólar à vista cedia 1,70%, a R$ 3,7399.

Os vencimentos mais curtos oscilaram menos diante da surpresa do mercado com o IPCA de novembro, que ficou em 1,01%, reforçando a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai iniciar no próximo mês um ciclo de alta da Selic. A taxa veio acima da mediana das previsões encontrada na pesquisa AE Projeções, de 0,95%, a partir do intervalo entre 0,85% e 1,05%.

 



Veículo: Jornal do Commercio - PE


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