Lojista mais cauteloso em relação às vendas do Dia dos Namorados

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Consumidores devem segurar gastos e planejar compras

 



Depois de terem tido um Dia das Mães frustrante, com baixa nas vendas além do esperado, os comerciantes de Belo Horizonte estão mais cautelosos em relação às vendas do Dia dos Namorados. Pesquisas das principais entidades do comércio do Estado e da capital mineira indicam pessimismo junto à grande maioria dos lojistas entrevistados e adoção de uma série de estratégias na tentativa de reverter a situação. Os consumidores também pretendem segurar os gastos e planejar as compras, em virtude do maior comprometimento da renda, conseqüência da alta da inflação.

De acordo com a supervisora da área de Estudos Econômicos da Fecomércio Minas, Luana Oliveira, preço será a palavra de ordem tanto para os lojistas quanto para os consumidores. "ɐ o preço que vai pesar na hora da decisão. Se estiver alto demais, o consumidor não vai comprar, porque está tentando controlar suas finanças. Na outra ponta, o lojista já sabe que se quiser vender, terá que trabalhar os valores dos produtos", explica.

Por esse motivo, a estratégia de preços promocionais foi citada por 36,8% dos entrevistados na Pesquisa de Expectativas do Comércio Varejista para o Dia dos Namorados realizada pela entidade. Visibilidade da loja veio logo em seguida, ao ter sido mencionada por 20,7% dos consultados. Brindes e kits para a data apareceu em terceiro lugar, com 11,3% das respostas.

Do total, 41,9% acreditam que as vendas neste exercício serão piores das realizadas na mesma data do ano passado, enquanto 25,4% aposta na manutenção do volume de vendas e 32,7% acreditam em aumento dos níveis de comercialização. Em ambos os casos, a maioria dos empresários espera vendas até 10% maiores e 10% menores.

Tíquete - Em relação ao tíquete médio, Luana Oliveira destaca que poderá haver surpresas. Isso porque, enquanto a maioria dos lojistas (25,1%) aposta em vendas entre R$ 100 e R$ 200, entre os consumidores também é grande o número de pessoas (32,7%) que vai gastar entre R$ 50 e R$ 100, embora o montante entre R$ 100 e R$ 200 também tenha sido citado pela maioria (37,8%).

Já no que se refere à comparação do tíquete previsto com o registrado no ano passado, a supervisora diz que estão nos mesmos patamares. "A expectativa não está muito diferente do Dia dos Namorados anterior", pondera. Ponto que reforça a perspectiva é que a pesquisa realizada com o consumidor apontou 48,9% vai gastar o mesmo tanto que em 2014. Apenas 14% afirmou que pretende gastar mais.

Já entre os itens que se destacarão na lista de compras estão roupas (41,1%), calçados (20,2%), perfumes (10,9%) bombons e chocolates (5%) e flores (3%). Além disso, 54,6% dos consumidores entrevistados afirmaram que não pretendem fazer nada na data. Já quanto à forma de pagamento, a maioria (41,9%) disse que pretende pagar à vista no dinheiro.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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