O comércio eletrônico brasileiro apresentou uma queda de 5% no número de carrinhos abandonados nas lojas virtuais durante o primeiro trimestre de 2015, ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com relatório divulgado pela consultoria de tecnologia Ve Interactive
Em 2015, a média de abandono - que ocorre quando o consumidor desiste da compra mesmo após ter adicionado o produto ao carrinho - no comércio eletrônico brasileiro atingiu 83,73% entre janeiro e março. No primeiro trimestre do ano anterior, a taxa representava 87,98%. Para a análise, foram compilados dados sobre o comportamento de 4,8 milhões de usuários.
Segundo o relatório, a propensão existe principalmente pela necessidade do usuário em verificar possíveis descontos e considerar o valor do frete somente após a seleção dos produtos. Consumidores que utilizam o e-commerce como forma de comparar preços também engrossam a estatística. De acordo com a Ve Interactive, a tendência já é conhecida pelo lojista on-line e é reversível. "Um carrinho abandonado representa uma oportunidade de contatar, reengajar e converter visitantes de seu site. O e-mail de remarketing é uma das formas de reengajamento mais eficientes na recuperação de abandonos."
Setores
O relatório apontou que os setores que lideram a taxa de abandono são os de Casa e Decoração - 92% de compras não concluídas -, seguido pelo comércio de Eletrônicos e Tecnologia, com 86% dos pedidos não efetuados. Em seguida aparecem Moda e Acessórios e Cosméticos e Beleza, ambos com 79%, e o setor automotivo, com 72%.
A comparação dos dados com um estudo semelhante empreendido pela mesma consultoria nos Estados Unidos indica que todos os setores avaliados no País apresentaram uma taxa abandono maior que a registrada no comércio eletrônico americano.
A maior discrepância foi sentida no segmento Casa e Decoração: o e-commerce americano no setor contabilizou 72% de abandono, vinte pontos percentuais a mais que o brasileiro.
O mesmo relatório apresenta crescimento na taxa de cliques para conversão de e-mails de relacionamento. O índice brasileiro apresentou uma taxa de 14% no 1º trimestre de 2014 contra 36% no mesmo período de 2015.
Veículo: DCI