FMI reduz PIB mundial para 3,5% em 2015

Leia em 2min 30s

Análises do Fundo Monetário Internacional para o Brasil estão em linha com as de economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, que veem expansão de 0,12% em 2014

 


O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua projeção para o crescimento econômico global em 2015, e fez um apelo ontem aos governos e bancos centrais a buscarem políticas monetárias expansionistas e reformas estruturais para sustentar o avanço da economia mundial.

O aumento do PIB mundial foi projetado em 3,5% para 2015 e 3,7% para 2016, disse o FMI em sua atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global", reduzindo sua projeção em 0,3 ponto percentual para ambos os anos. "Novos fatores sustentando o crescimento - preços menores do petróleo mas também depreciação do euro e do iene - são mais do que compensados por forças negativas persistentes, incluindo os legados prolongados da crise e do crescimento potencial mais baixo em muitos países", disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, em comunicado divulgado pela instituição.

O FMI alertou economias avançadas para manter políticas monetárias expansionistas para evitarem aumentos em taxas de juros reais uma vez que o petróleo mais barato aumenta o risco de deflação.

Se as taxas de juros não puderem ser reduzidas mais, o FMI recomendou buscar uma política expansionista "através de outros meios".

Cenário ruim para o Brasil


O Brasil crescerá menos de um quarto do que a América Latina e Caribe neste ano, e sua recuperação não será das melhores em 2016, informou o FMI. Em relação a 2014, o FMI estima que o Brasil cresceu apenas 0,1%, ante 0,3% projetados em outubro. O Fundo vê alguma recuperação no ano que vem, mas ainda assim também diminuiu suas contas para crescimento econômico a 1,5%, contra 2,2% anteriormente. As perspectivas para o Brasil também ficam bem aquém daquelas para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento, mesmo com contração prevista para a Rússia neste ano e no próximo. Para essas economias como um todo, o FMI vê expansão de 4,3% e 4,7% em 2015 e 2016; 0,6 e 0,5 ponto percentual respectivamente a menos do que em outubro Para a América Latina e Caribe, as estimativas também foram reduzidas, mas ainda assim a perspectiva é de que a região cresça 1,3% em 2015 e 2,3% em 2016, 0,9 e 0,5 ponto percentual a menos que a projeção anterior.

Destaque positivo


Os Estados Unidos foram o único ponto positivo em um relatório pessimista para as principais economias, com a projeção de crescimento em 2015 elevada para 3,6% ante 3,1% previsto em outubro.

Para a China, o FMI reduziu em 0,3 ponto percentual sua previsão para 2015, cujo PIB deve avançar 6,8%.

O relatório está amplamente em linha com comentários da diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, feitos na semana passada, quando ela afirmou que a queda dos preços do petróleo e o forte crescimento dos EUA não deixariam o FMI mais otimista. / Reuters




Veículo: DCI


Veja também

Varejo deverá ter aumento de preços e diminuição das vendas

Dirigentes de entidades do varejo alertam: o pacote de medidas anunciado na segunda-feira pelo Ministério da Faze...

Veja mais
Aumento de imposto sobre gasolina terá impacto de 0,27 ponto na inflação

De acordo com a Tendências Consultoria, o combustível terá variação de 7,3%, em fevere...

Veja mais
Expectativa para inflação em SP fica em 1,56%

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), André Chagas, manteve ontem em 1,56% a expec...

Veja mais
Bens de consumo duráveis serão os mais castigados pelo aumento do IOF

Estudo da Anefac aponta que, com a alta do tributo, o financiamento de um carro de R$ 25 mil em 12 vezes, com juros de 1...

Veja mais
Fabricantes preveem alta de preços com novo pacote

    Veículo: Valor Econômico...

Veja mais
Drogarias e indústria de bens de consumo preveem preços maiores

    Veículo: Valor Econômico...

Veja mais
Alta de impostos pode levar IPCA a superar e estourar meta

    Veículo: Valor Econômico...

Veja mais
Peso do aumento da Cide no IPCA é calculado de maneiras diferentes, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na noite desta segunda-feira, 19, que o peso do aumento da Cide sobre o IPC...

Veja mais
FGV: Alimentos in natura reduzem desaceleração do IGP-M em janeiro

Os aumentos nos preços dos alimentos in natura impediram que a inflação medida pela segunda pr&eacu...

Veja mais