Com economia desaquecida, o desempenho das vendas do comércio no decorrer deste ano deixou a desejar
Com a proximidade do fim do ano cresce ainda mais as expectativas dos lojistas da capital mineira em relação ao Natal. que como o desempenho das vendas do comércio no decorrer de 2014 deixaram a desejar, os empresários do setor estão apostando todas as fichas naquela que é considerada a principal data para o varejo. Levantamento realizado pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) em Belo Horizonte revelou que 41% dos comerciantes estão otimistas e que destes, metade aposta em vendas maiores para o período natalino.
"O ano como um todo vem sendo muito difícil para os empresários. As vendas não atingiram os patamares esperados, nem mesmo em datas comemorativas e tradicionais. Agora eles estão com uma expectativa maior sobre o Natal, dada a importância que a data tem no calendário do segmento", explica o economista da entidade Gabriel Ivo.
No entanto, Ivo destaca que embora a expectativa sobre a data seja maior, o otimismo está menor. Prova disso, conforme o economista, são os 41% dos empresários que disseram ter expectativas positivas neste Natal. "Este número já foi maior em anos anteriores", diz. Para 50,4% as vendas serão melhores, para 29% iguais e para 20,6% piores.
Em relação aos setores, os três segmentos mais otimistas com as vendas este ano se comparado ao ano passado são calçados e artigos de viagem (61,8%), material esportivo (58,3%) e perfumaria (55,6%). Enquanto os três setores que esperam vender o mesmo tanto de 2013 foram respectivamente informática (58,3%), livrarias e papelarias (52,9%) e produtos alimentícios (51,7%).
Já os três segmentos menos otimistas com o Natal de 2014 foram tecidos e artigos de cama, mesa e banho (42,9%), telefonia e móveis e decoração, ambos com 33,% esperando vendas ruins e péssimas.
Prioridade - Além disso, a pesquisa revelou que houve uma inversão de prioridade dos produtos a serem mais procurados pelos consumidores este ano em relação a 2013. No exercício anterior os empresários apostavam em produtos mais tecnológicos como smartphones e tablets. Em 2014, os lojistas acreditam que os consumidores irão procurar por produtos mais em conta e ditos de maior necessidade, como roupas e os calçados.
O economista ressalta que como principal forma de pagamento a ser utilizada pelo consumidor o empresário apontou o cartão de crédito parcelado. Porém, na pesquisa realizada com o consumidor foi apontado que ele priorizará as compras à vista no dinheiro (50,7%).
"Isso significa que o consumidor vai procurar por descontos para comprar à vista e aquele lojista que estiver atento e oferecer o benefício conseguirá o retorno financeiro no momento da venda e não em 30 dias como acontece com as compras parceladas", ressalta.
Veículo: Diário do Comércio - MG