Os supermercados do Estado de São Paulo registraram alta nos preços em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentou em outubro elevação de 0,76%. De acordo com o indicador, no acumulado do ano até outubro, a alta é de 5,98%.
A Apas destaca que este é o pior resultado desde dezembro de 2012, quando a inflação atingiu, no acumulado do ano, 10,02%. "Os dados apontam que a inflação ao longo de 2014 se demonstrou mais elevada e persistente por um período mais prolongado", disse a associação, por nota.
A alta verificada em outubro esteve diretamente relacionada ao aumento nos preços das carnes (2,40%) e dos legumes (11,10%). A estiagem, que tem exigido a utilização da ração animal para a alimentação dos bovinos, e a elevação na quantidade de carnes exportadas têm afetado preços domésticos, destacou a entidade. Já em relação aos legumes, a alta está ligada a fatores sazonais, relacionados à estiagem.
Quanto ao preço dos produtos industrializados, estes apresentaram ligeiro crescimento em outubro com variação de 0,08%. A variação esteve relacionada à elevação nos preços dos derivados de carnes (1,46%). No entanto, vale ressaltar que as quedas nos preços de alguns produtos contribuíram para uma maior estabilidade do segmento de produtos industrializados, como é o caso da variação negativa verificada nos preços de óleos negativo em 1,13%, massas -0,26% e panificados -0,43%. Em 12 meses, a elevação nos preços dos produtos industrializados foi de 7,10% e no acumulado do ano (janeiro a outubro), de 4,74%.
Os itens que apresentaram as maiores variações positivas em outubro foram: limão 30,42%, maracujá 27,13%, tomate 24,32%, berinjela 13,12%, chuchu 12,21%, cenoura 10,95%, alface 6,09%.
Confiança
A Apas divulgou ainda Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo (PCS/Apas). O levantamento registrou em outubro 10,8% de otimismo em relação ao ambiente econômico atual e futuro. Do total de entrevistados, 57,5% estão pessimistas e, 31,8% neutros. /Reuters
Veículo: DCI