Consumidor migra para carne suína

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                                Preços mais elevados do produto bovino têm impulsionado o aumento da demanda em Minas



Os preços mais elevados da carne bovina têm impulsionado o aumento da demanda pela carne suína em Minas Gerais, já que os preços são mais acessíveis. A migração do consumo e a estabilidade no volume produtivo nas granjas são consideradas fundamentais para minimizar o impacto da redução significativa das exportações do produto ao longo do primeiro semestre.

A expectativa do setor suinícola é que a demanda cresça, ainda mais, neste semestre e que ocorra recuperação dos preços pagos pelo quilo do animal vivo, que estão muito próximos aos custos de produção.

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a queda nas exportações mineiras de carne suína é significativa. Somente no primeiro semestre, frente igual período do ano passado, os embarques do produto recuaram 84,8% em faturamento, gerando receita de US$ 13,8 milhões. O valor pago pela tonelada de carne suína recuou 58%, saindo de US$ 3.734,91 praticados no primeiro semestre de 2014 para US$ 2.174,61.

No mesmo intervalo, o volume embarcado ficou 73,89% inferior, encerrando com a exportação de 6,3 mil toneladas. A queda tem feito com que a oferta de carne suína no mercado interno fique maior, o que impacta nos preços.

"A carne suína, além de estar com preços mais competitivos, é uma proteína de alta qualidade e muito apreciada pelos mineiros. Essa migração de demanda é fundamental para que a queda nas exportações não prejudique substancialmente a formação dos preços pagos aos produtores", avalia o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Antônio Ferraz.

Rentabilidade - O quilo do suíno vivo está sendo negociado na média estadual a R$ 3,70, valor que não garante a rentabilidade necessária aos produtores. O mínimo necessário seria R$ 4,00 por quilo. No acumulado do ano até 20 os preços ficaram 16% menores.

"Com os preços do quilo do suíno vivo próximos aos custos e o desaquecimento das exportações, os produtores estão com a margem bem limitada. Assim, para evitar perdas, eles não estão investindo em aumento do plantel. Acreditamos que nos próximos meses as cotações devem melhorar, superado os R$ 4 por quilo do animal vivo", ressalta Ferraz.

A expectativa para o atual semestre é positiva. Com a estagnação da produção, a tendência é que ocorra recuperação dos preços já que o período normalmente apresenta maior demanda pela carne. Vários fatores, segundo Ferraz, deverão contribuir para que os preços se recuperem a ponto de garantir lucro para os suinocultores. Além de concentrar um período maior de festas, o pagamento do 13º salário e as temperaturas mais amenas também contribuem para que o consumo seja maior.



Veículo: Jornal Diário do Comércio- MG


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