A oferta de boi gordo permaneceu em ritmo crescente durante a última semana. Essa situação foi preponderante para a continuidade do movimento de baixa no mercado interno. Os frigoríficos, de uma maneira geral, conseguiram dar bom andamento às suas escalas de abate, posicionadas entre quatro e cinco dias úteis. As avaliação é da consultoria Safras & Mercado.
Segundo o analista da consultoria Fernando Henrique Iglesias, a tendência é de que o volume ofertado seja ainda maior ao longo do mês, tornando o fluxo de negócios mais intenso. A segunda quinzena começou sem grande apelo ao consumo, com o mercado atacadista fragilizado. Portanto, não há margem para reajustes no curto prazo.
"Os frigoríficos apresentam bom nível de estoque. Além disso, aqueles de maior porte dispõem de confinamentos próprios, além de contratos a termo para ajustar a sua programação de abates".
Os pecuaristas ainda relutam em negociar nesses níveis. Em todo caso, a retenção de gado confinado é muito mais complicada do que o boi de pasto. "Ou seja, os frigoríficos devem persistir com a estratégia de reduzir os preços de balcão, até para conseguir alguma alta da carne durante a primeira quinzena de julho".
Exportações - Em meio ao clima de festa com a Copa do Mundo, a consultoria destaca que o Brasil tem outro motivo para celebrar também fora dos gramados: o país se manteve na liderança do mercado de carne bovina mundial, ao bater novo recorde de exportações para o primeiro semestre, atingindo faturamento de US$ 3,404 bilhões e volume negociado de 762 mil toneladas, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Este é o maior faturamento da história já registrado em um primeiro semestre. Os números são 13,3% (faturamento) e 12,7% (volume) superiores aos registrados no mesmo período do ano passado - faturamento de US$ 3,004 bilhões e volume exportado de 675,7 mil toneladas. O crescimento se deve especialmente à demanda de Hong Kong e Rússia, que continuam liderando o ranking de mercados importadores de carne brasileira. (Da Redação)
Preço - Ainda de acordo com Safras & Mercado, a média semanal de preços (de 14 a 17 de julho) em São Paulo foi de R$ 120,92. Em Mato Grosso do Sul, ficou em R$ 118. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 112,66. Em Goiás, foi cotada a R$ 114,33. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 112,50.
Veículo: Diário do Comércio - MG