Wickbold compra a Seven Boys para disputar liderança do setor

Leia em 2min

                                Negociações entre as duas companhias começaram há nove meses; com a compra, Wickbold só fica atrás da Bimbo, dona da marca Pullman



A empresa de pães industrializados Wickbold fechou na segunda-feira, 10, a compra de 100% da empresa Seven Boys, apurou o Estado com fontes familiarizadas com a operação. As negociações entre as duas companhias duraram cerca de nove meses. O valor do negócio não foi divulgado.

Com um faturamento em torno de R$ 650 milhões, a Wickbold, que possui cinco fábricas nas regiões Sudeste - três em São Paulo e uma no Rio de Janeiro - e outra no Sul, em Santa Catarina, buscava nos últimos meses alternativas para crescer no País para fazer frente com a empresa mexicana Bimbo, dona da marca Pullman, líder na América Latina, segundo as mesmas fontes.

Terceira no ranking, atrás da Bimbo e da Panco, a Wickbold viu na aquisição da Seven Boys, que tem como seu carro-chefe as bisnaguinhas batizadas com o mesmo nome, fundada por imigrantes japoneses há cerca de 50 anos, a oportunidade para disputar a liderança com a empresa mexicana. A compra da companhia permitirá a expansão da Wickbold para outras regiões do País e a tornará vice-líder na produção nacional, atrás da Bimbo e Panco. Com receita em torno de R$ 200 milhões, a Seven Boys, a quarta do setor, tem fábricas em Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG) e nove distribuidoras, o que garante a presença da empresa também na região Centro-Oeste.

De acordo com as mesmas fontes, a Seven Boys estava em uma situação financeira delicada. A saída encontrada foi a venda do negócio.

Procurada pela reportagem, a Wickbold não quis comentar o assunto. Nenhum porta-voz da Seven Boys foi encontrado para falar sobre a operação.

Pulverizado. O mercado de panificação industrial é considerado extremamente pulverizado. "A Wickbold demoraria muito para alcançar a vice-liderança, se optasse pelo crescimento orgânico", disse uma outra fonte de mercado. Agora, a meta é disputar mercado com a Bimbo, que, além da Pullman, possui as marcas Ana Maria, PlusVita, Bisnaguito, rap 10, Nutrella, entre outras.

De acordo com dados da empresa de pesquisa de consumo KantarWorldpanel, os brasileiros passaram a migrar para o consumo de pão industrializado durante a crise, uma vez que o produto tem maior durabilidade e praticidade.

A indústria de pão industrializado movimentou cerca de R$ 2,6 bilhões, alta de 26% sobre o ano anterior, e volume de 276 mil toneladas, alta de 12%.



Veículo: Jornal O Estado de S.Paulo


Veja também

Indústria licencia marcas para ganhar visibilidade no mercado

                    ...

Veja mais
Segmento de vestuário tem cenário desafiador para o segundo semestre

                    ...

Veja mais
BRF quer manter liderança da Sadia em MG

                    ...

Veja mais
Linha modeladora ajuda a sustentar setor de lingerie na crise

Seja para ajudar a esconder uma gordurinha indesejada ou auxiliar no tratamento pós-cirúrgico, o fato &eac...

Veja mais
Delimassa dobra capacidade de produção

Assegurada pelos bons resultados da venda do lanche mais popular do País e que parece ser imune à crise, a...

Veja mais
Alimentos in natura derrubam inflação do atacado

O forte recuo nos preços dos alimentos in natura, de produtos ligados à agropecuária e do min&eacut...

Veja mais
Vendas no Dia dos Pais caem em meio a cenário econômico adverso

SÃO PAULO - As vendas do varejo no Dia dos Pais de 2015 caíram principalmente em função do c...

Veja mais
Sapato brasileiro ganha espaço para enfrentar chinês

                    ...

Veja mais
Vendas no Dia dos Pais têm queda de 5,1%

                    ...

Veja mais