IPC-S acelera para 0,24%, aponta FGV

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Rio - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,24% na terceira quadrissemana de outubro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,10 ponto percentual acima do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,14%.
Todas as oito classes de despesas analisadas apresentaram acréscimo em suas taxas de variação nesta apuração: Transportes (0,31% para 0,49%), Alimentação (-0,15% para -0,07%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 0,46%), Habitação (0,34% para 0,41%), Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para -0,19%), Vestuário (0,08% para 0,16%), Comunicação (0,51% para 0,63%) e Despesas Diversas (-0,21% para -0,12%).

Transportes - O grupo Transportes, que avançou de 0,31% na segunda quadrissemana de outubro para 0,49% na terceira leitura do mês, foi o que mais contribuiu para o resultado. Nessa classe de despesas, a FGV destacou o comportamento do item gasolina (0,04% para 0,56%). O indicador geral subiu 0,10 ponto percentual, de 0,14% para 0,24% entre os dois períodos.

Dentre as outras classes de despesas que registraram acréscimo em suas taxas de variação, a FGV destacou o comportamento dos itens hortaliças e legumes (-5,13% para -1,73%), no grupo Alimentação, artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,45% para 0,18%), em Saúde e Cuidados Pessoais, eletrodomésticos e equipamentos (-0,22% para 0,08%), em Habitação, show musical (-5,74% para -4,66%), no segmento Educação, Leitura e Recreação, roupas (-0,27% para -0,13%), em Vestuário, tarifa de telefone móvel (0,40% para 0,73%), no grupo Comunicação, e alimentos para animais domésticos (1,70% para 2,21%), em Despesas Diversas.

De forma isolada, os itens com as maiores influências de alta foram plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 1,04%), etanol (2,44% para 3,76%), gás de bujão (apesar de ter desacelerado de 4,20% para 3,85%), refeições em bares e restaurantes (0,20% para 0,34%) e taxa de água e esgoto residencial (0,81% para 1,19%).
Já os cinco itens com as maiores influências negativas foram leite tipo longa vida (-12,47% para -12,89%), mamão papaya (-23,29% para -24,88%), show musical (a despeito de a deflação ter diminuído de -5,74% para -4,66%), feijão carioca (-6,63% para -7,88%) e banana-prata (a despeito de a taxa ter passado de -9,02% para -6,99%).

Projeções - A previsão para IPC-S no fechamento do mês de outubro passou de entre 0,20% a 0,25% para 0,40% a 0,50%. A revisão ocorreu, segundo o coordenador do IPC-S da FGV, Paulo Picchetti, diante da não concretização do efeito da redução dos preços de combustíveis pela Petrobras esperado no índice de inflação e da aceleração dos alimentos in natura nesta leitura do IPC-S. Esses dois grupos representaram mais da metade da variação (60%) do indicador na terceira quadrissemana de outubro.
Para Picchetti, se o IPC-S fechar entre 0,40% e 0,50% será uma representação “mais fiel” da tendência de dinâmica de preços do que a apresentada em setembro, quando o IPC-S ficou em 0,07%.

Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas


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