A B2W informou ontem que garantiu R$ 2,35 bilhões na primeira fase de sua capitalização, quase o valor total estimado. Foram subscritas, no total, 94,32 milhões de ações ordinárias, pelo valor de R$ 25 cada. As sobras de ações podem ser ainda subscritas pelos acionistas, alcançando a soma prevista na capitalização de R$ 2,38 bilhões.
O período de subscrição de sobras vai de 17 a 23 de julho. Da operação, sobraram cerca de 875 mil papéis - equivalente a R$ 21,88 milhões, a preço de R$ 25 - o que significa uma adesão de 99%. As ações da companhia na bolsa fecharam o dia de ontem cotadas a R$ 30,80, alta de 0,16%.
A Tiger Global, que participa da operação de capitalização, e se tornará sócia da B2W, já informou em junho que subscreveu 18,366 milhões de ações, correspondentes a 7,22% do total de ativos. O volume equivale a R$ 459,2 milhões, o mínimo previsto para a Tiger nesta operação.
Além dessa subscrição, a Tiger poderá adquirir as sobras, mas mesmo que isso ocorra, a compra deve alterar pouco a sua participação de 7,22%. Podem participar do primeiro rateio das sobras acionistas que já subscreveram ações.
A alta adesão de minoritários reflete o interesse dos acionistas no papel, após a Global Tiger anunciar, em janeiro, que se tornaria sócia da varejista com a capitalização. Desde então, o papel subiu 98%. E o resultado é que, agora, minoritários subscreveram por R$ 25 uma ação que vale mais de R$ 30.
Em janeiro, a B2W havia informado que a Lojas Americanas, controladora da companhia, comprometeu-se a subscrever no mínimo R$ 1,02 bilhão em ações no aumento de capital. A Tiger Global, por sua vez, havia se comprometido a injetar entre R$ 459,2 milhões e R$ 1,2 bilhão na operação.
Caso nenhum acionista minoritário aderisse, a Lojas Americanas deveria aportar R$ 1,18 bilhão e o Tiger, R$ 1,2 bilhão, representando um capital final de 19% para os fundos da Tiger - taxa que não será atingida, portanto.
Veículo: Valor Econômico