Desemprego emperra pagamento de dívidas

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Segundo levantamento, 41% dos brasileiros deixaram de pagar as contas em dia porque perderam o emprego; na faixa de renda até três salários mínimos, a inadimplência por desemprego chega a 49%.

O desemprego disparou como principal causa da inadimplência entre os brasileiros, segundo a pesquisa nacional Perfil do Consumidor Inadimplente, realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), referente ao primeiro trimestre deste ano.

A diminuição da renda foi o segundo motivo causador da inadimplência, com 18% de menções, o que representa um crescimento de sete pontos percentuais na comparação com o resultado do primeiro trimestre do ano passado. O levantamento foi realizado em todo o País, no período de 22 de fevereiro a 3 de março, com 1.019 consumidores inadimplentes respondentes.

Ainda segundo a pesquisa, o desemprego tem afetado a inadimplência principalmente para as famílias que ganham até três e entre três a dez salários mínimos, com 49% e 34% das menções, impossibilitando-as de efetuarem o pagamento de suas contas regularmente. No ano passado, esses percentuais eram de 41% e 30%, respectivamente.

Já o descontrole financeiro como causa do não pagamento diminuiu nas três faixas de renda: até três salários mínimos (de 25% para 13%), entre três a dez salários mínimos (de 31% para 19%) e acima de dez salários mínimos (de 27% para 16%). Para aqueles com renda familiar acima de dez salários mínimos, aumentam os casos de "esqueceram de pagar" com 24%, contra 19% do mesmo período do ano anterior.

O percentual de consumidores que declararam possuir apenas uma conta que causou a restrição passou de 40% para 49%. A pesquisa mostrou também que 17% possuem quatro contas ou mais em atraso, contra 23% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. Uma fatia de 29% dos consumidores declarou que o valor devido nas contas em atraso não ultrapassa R$ 500. E ao aumentar o valor para até R$ 1 mil o percentual passa para 50%.

 



Veículo: Jornal DCI


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