Confiança avança na prévia de janeiro da FGV

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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de janeiro ficou em 79,1 pontos, o que significa avanço de 3,7 pontos em relação ao resultado final de dezembro, que foi de 75,4 pontos, informou na sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês passado, o ICI já havia subido 1,2 ponto em relação a novembro.
 
Com o resultado, o ICI registra o maior nível desde março de 2015, embora permaneça em patamar muito baixo em termos históricos. Essa é a primeira vez desde maio passado que o índice superou “significativamente” o mínimo registrado na crise de 2008 e 2009, informou a instituição, em nota oficial.
 
“O avanço mais expressivo do ICI na prévia de janeiro decorre principalmente de avanços no processo de normalização de estoques do setor. Associado à percepção de estabilização do nível de demanda, este movimento tem levado à diminuição do pessimismo. O conjunto de informações sinaliza uma atenuação das taxas de queda da produção da indústria nos próximos meses”, afirma o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Aloisio Campelo.
 
Na comparação com dezembro do ano passado, sem ajuste, a prévia aponta queda de 8,3 pontos na confiança.
 
A prévia de janeiro demonstra que o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 4,7 pontos, para 79,7 pontos. Enquanto isso, o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,5 pontos, para 78,8 pontos.
 
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 74,2%, o menor nível da série histórica, segundo a FGV. O resultado, já livre de influências sazonais, é superior ao apurado no indicador final da sondagem de dezembro (75,0%). “A indústria está ajustando tanto a sua produção, que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) continua caindo. Mas a percepção sobre a demanda parou de piorar”, disse Campelo.
 
Estoques - “O resultado significa uma melhora. A confiança teve um avanço substancial, ainda que o humor dos empresários esteja sujeito a turbulências no cenário político e fiscal”, avaliou Aloisio Campelo. Segundo ele, embora a produção industrial permaneça encolhendo, houve redução nos estoques de algumas atividades, o que deixou os industriais mais animados. “Temos mais empresas com estoques normalizados”, apontou o economista.
 
A visão do empresário do setor é de que o nível de demanda permanece muito ruim, mas, aparentemente, não há previsão de nova deterioração. “O problema é que a indústria vinha reduzindo a produção para se ajustar à demanda menor, mas o consumo das famílias caía ainda mais forte, então aumentavam os estoques.
 
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 777 empresas entre os dias 4 e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa para janeiro será divulgado no próximo dia 29.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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