Intenção de consumo volta a subir

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Os consumidores melhoraram ligeiramente seu apetite às compras em dezembro. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou em 76,5 pontos no mês, alta de apenas 0,1% em relação a novembro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O movimento interrompe dez meses consecutivos de queda, quando a confiança chegou ao menor patamar desde janeiro de 2010, mas foi avaliado pela entidade como estabilidade.

“Apesar de ser uma leve alta na comparação mensal, estatisticamente significa apenas estabilidade no ritmo de queda É um efeito sazonal, pelo fato de dezembro ser um mês caracterizado pela geração de vagas temporárias e por maiores gastos dos consumidores por conta do Natal”, justificou, em nota, a economista Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC.

O ICF está 36% abaixo do resultado verificado no mesmo período do ano passado. O índice de dezembro mostrou diferenças na intenção de consumo das famílias segundo a faixa de renda: o nível de confiança das famílias mais ricas, que recebem mais de dez salários mínimos por mês, apresentou alta de 1,9% em relação a novembro; entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos, a confiança caiu 0,3%.

O componente que mede a satisfação com o emprego atual é o único que permanece acima da zona de indiferença (de 100 pontos), aos 103,6 pontos, mas está 0,9% menor do que no mês anterior e 20,6% inferior ao mesmo período do ano passado. Segundo a pesquisa da CNC, 30,2% das famílias se sentem mais seguras em relação ao emprego atual.

Inflação

Com a manutenção no Senado da espinha dorsal do discurso apresentado na semana passada na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, falou ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sobre política fiscal e repetiu que a instituição trabalhará para trazer inflação o mais próximo do centro da meta em 2016. Também falou novamente que o BC trabalhará para a inflação convergir para centro da meta em 2017.

Mais uma vez, o presidente do BC reiterou no Senado o discurso que nega situação de “dominância fiscal” no Brasil. Segundo ele, os atrasos no ajuste fiscal postergaram convergência da inflação para 4,5% no horizonte. Disse também que o atrasos no ajuste fiscal acabarão adiando também a retomada do crescimento. Repetiu, no entanto, que o BC não limitará as suas ações pelos possíveis impactos fiscais de suas decisões. Tombini também disse que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) continua “bem capitalizado”.

 



Veículo: Jornal A Tribuna - Santos/SP


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