Gigantes da indústria vêem franquias como alternativa para vender mais

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Seguindo movimento iniciado pelos têxteis, Unilever, L'Oréal, Adidas e até a Dow Química preparam estudo para viabilizar expansão através do modelo de franchising, fortalecendo marca.

Atraídas pelo bom momento do setor de franquias, e tentando elevar receitas em um período economicamente difícil no Brasil, grandes indústrias têm mostrado interesse em entrar para o sistema, que tem revelado números positivos, apesar da crise.

"Estamos vendo grandes grupos começar a olhar para o setor e pensar em modelos de franquias. O franchising é um canal muito eficiente de atuação, consolidado no Brasil. Uma marca forte, reconhecida, pode aumentar sua produtividade em seus pontos de venda através dessa atuação", conta a presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Cristina Franco, durante o 15ª Convenção do Franchising, que acontece até sábado em Comandatuba, na Bahia.

Segundo ela, empresas como Unilever, Dow Química, Lorea'l e Adidas já possuem estudos de viabilização para montar operações e repassá-las aos interessados. "É claro que, com novas marcas desse porte, a capacidade de investimento tem que ser maior. Então vamos trabalhar para que o franqueador se prepare bem para gerir esses negócios", continua.

O interesse das gigantes, de acordo com Cristina, é o histórico de resultados do franchising nos últimos anos. Para a ABF, apesar do investimento ser estimado como alto para essas futuras franquias (acima de R$ 1 milhão), a associação trabalha com os franqueadores para que se financie o valor desse investimento através do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), que tem o Sebrae como principal avalista.

Novatas

Só no primeiro semestre, a entidade calculou que 27 novas marcas entraram para o modelo de franchising. "Ninguém consegue isso do dia para noite. É um processo demorado e que exige muita preparação", explica Cláudio Tieghi, diretor de Inteligência de Mercado e Sustentabilidade da ABF.

De acordo com Tieghi, outras 38 marcas estão terminando de viabilizar sua entrada no modelo de franquias, sendo que, 20 delas ficam em Minas Gerais e outras 18 no Paraná. "Fomentamos a estratégia de expansão das empresas. Mas existem também alguns empreendedores esperando um momento econômico melhor".

O ritmo de entrada de novas empresas no franchising, no entanto, diminuiu nos últimos anos. Sem falar em números, a presidente da ABF afirma que a premissa agora é a profissionalização. "A gente quer manter a qualidade do setor. Isso é o mais importante", ressalta.

Outra estratégia das empresas está na abertura de lojas menores. No setor de franchising, no caso, são as microfranquias. Grandes redes como Água Doce - Sabores do Brasil já estão investindo no modelo.

No ano que vem, a companhia deve inaugura a Água Doce Express, em ambientes com maior rotatividade de pessoas e com serviços rápidos. "Esperamos abrir 150 unidades nos próximos dois anos, principalmente em cidades pequenas", diz Delfino Golfeto, presidente e fundador da rede.

O índice de mortalidade de empresas de franquias também é menor do que o verificado em outros setores. No último ano, apenas 3% de todas as unidades operando em franquias tiveram que fechar as portas. De acordo com o Sebrae, o índice para companhias comuns é de 27% só no primeiro ano de operação.

 



Veículo: Jornal DCI


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