Lojistas tentam manter as vendas em alta

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                                  Comércio utiliza estratégias como armas para sobreviver no mercado em crise; principal alvo é o consumidor



Em meio à batalha contra os impactos negativos da retração da economia brasileira, o comércio utiliza estratégias como armas para sobreviver no mercado, e o principal alvo é o consumidor. Nesse cenário, a criatividade é a principal aliada. De promoções a sorteios de bens duráveis, até carro, tudo é válido para estimular e manter as vendas.

Com nove lojas em Belo Horizonte, a Arquibancada, do ramo de segmento esportivo, aposta em inovações para manter, atrair e fidelizar os clientes, haja vista que as vendas sofreram queda de 12% em junho em relação ao mesmo período do ano passado.

Em comemoração ao aniversário da Arquibancada, em maio foram feitos sorteios de kits com camisas oficiais dos times, com direito a autógrafos de jogadores, além de outros produtos, por meio de página no Facebook. Para tanto, o cliente faz um selfie com algum produto adquirido ou da sacola da loja e posta na rede social. Os ganhadores foram os que tiveram as fotos mais curtidas.

"Não podemos nos acomodar. Então, essa ideia foi boa, pois gerou muitos seguidores da loja no Facebook, dando maior visibilidade a nossa empresa", explica o proprietário, Everton Starling.

Ele acrescenta que as parcerias com academias e fitness também são importantes no momento. E para quem é apaixonado por futebol e torcedor do Cruzeiro e Atlético têm desconto de 10% em quaisquer produtos da loja. Sobre o perfil dos consumidores, disse 55% são mulheres e 45% homens, com idade entre 25 a 35 anos.

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Impactos - O proprietário da Klus (moda masculina), Salvador Ohana, também concorda que o cenário econômico está complicado e que os impactos negativos refletem no varejo, principalmente com a redução do poder de compra do brasileiro. Prova disso é que as vendas da empresa diminuíram 5% no primeiro semestre deste ano na comparação com mesmo período do passado.

"As pessoas estão reduzindo as compras para aguardar a tempestade passar". Como exemplo, o lojista diz que um cliente que comprava três ternos, passou a comprar apenas um. Com 11 unidades e 40 anos de atividade, a loja adota como estratégia o relacionamento diferenciado com os clientes.

"São tratados com mimos. Se necessário, consertamos as roupas e fazemos a entrega na casa dos clientes", explica Ohana. Com esse tipo de comportamento e atendimento de primeira, houve recuperação das vendas de 5% em junho se comparado com o mesmo mês em 2014. Com foco na melhora dos negócios, o empresário vai antecipar a liquidação da coleção inverno, que deve ter descontos de 10% a 30% a partir do final de julho.

De acordo com Ohana, os clientes da Klus são das classes A e B e a maioria (80%) prefere o cartão de crédito como modalidade de pagamento. Os outros 20% restantes ficam por conta do débito e dinheiro.

"Apesar da crise, os clientes não deixam de comprar. Adquire uma peça, por exemplo, e divide o valor em mais parcelas no cartão de crédito. Não deixa de comprar roupa de qualidade inferior".

O proprietário diz que é comum hoje nas lojas da empresa nos shoppings, os clientes entrarem para pesquisar preços. Para finalizar, diz que se um cliente pede maior parcelamento do cartão, acata para não perdê-lo para a concorrência.

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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