Empregos no comércio estão onde menos dependem de crédito, diz CNC

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                             Análise mostrou vagas no setor de bens de consumo de primeira necessidade.Em um ano, até maio, foram geradas 69.910 vagas em supermercados.



Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que há oportunidades de emprego no setor de varejo, no entanto, estas se concentram nos segmentos que são menos dependentes de crédito ao consumidor. O mapeamento foi divulgado nesta segunda-feira (29).

A análise mostrou que há vagas nos setores de bens de consumo de primeira necessidade. Na liderança do ranking dos ramos que mais geraram vagas no período de um ano – até maio de 2015 – está o setor de hiper e supermercados, com 69.910 oportunidades.

“O comércio brasileiro passa pelo seu pior momento em mais de uma década. O volume de vendas nos primeiros quatro meses deste ano registrou retração de 6,1% – o resultado mais desfavorável desde 2004. Apesar disso, essas áreas do comércio têm se destacado por contratações acima da média”, explicou o economista da CNC Fabio Bentes.

Farmácias, perfumarias e cosméticos ocupam o segundo lugar no ranking, com 18.099 vagas, seguido de artigos de uso pessoal e doméstico, 8.211, e combustíveis e lubrificantes, 9.210 oportunidades em um ano, até maio.
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Segundo a CNC, a falta de confiança dos consumidores e o aperto nas condições de crédito estão "estão impulsionando as demissões nos segmentos de bens duráveis". O setor de automóveis e autopeças apresentaram a maior perda no número de empregados no período analisado: menos 19.888.

O segmento de móveis e eletrodomésticos ocupa a segunda colocação, com menos 12.184 vagas. Em terceiro lugar, estão os segmentos de vestuário e acessórios, com 9.407 postos de trabalho a menos.

Micros e pequenos
Ainda segundo a pesquisa, 98,4% dos postos de trabalho nos quatro segmentos são micros e pequenos estabelecimentos comerciais. A região Sudeste concentra, em média, 47% dessas empresas.

Metade da força de trabalho dos setores analisados, com exceção de combustíveis e lubrificantes – onde mais de 60% são de outras regiões do país -, estão na região Sudeste, apontou a confederação.

Perfil dos trabalhadores
Tanto no setor de hiper e supermercados quando no de artigos de uso pessoal e doméstico, a distribuição de trabalhadores contratados é homogênea, do ponto de vista de gênero: 50% são do sexo masculino e feminino, e 50,5% são de homens, contra 49,5% de mulheres.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, contudo, apresentou predominância do sexo masculino, com 75,9%. As farmácias e perfumarias, ocorre o inverno, 65,1% são mulheres.

Os ramos de hiper e supermercados e artigos de uso pessoal e doméstico também apresentaram trabalhadores com faixas de idade semelhantes, 28% têm entre 18 e 24 anos. Já nas farmácias e perfumarias, e combustíveis e lubrificantes,  a predominância é de trabalhadores com 30 a 39 anos, 29,2% e 30%, respectivamente.

Grau de instrução
Os trabalhadores com grau de instrução de nível médio completo são os mais demandados, mostrou a pesquisa. Funcionários com nível superior completo são observados em sua maioria no ramo de farmácias, perfumarias e cosméticos.

"Isso justifica o fato de os melhores salários também estarem concentrados no segmento farmacêutico. A remuneração média dos profissionais desse ramo é 3,5% superior à de lojas de artigos de uso pessoal e doméstico – 7,2% acima daquela do segmento de combustíveis e lubrificantes e 22,5% a mais que a remuneração paga aos funcionários de hiper e supermercados", explicou a entidade.




Veículo: Portal G1


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