Cesta básica fica mais cara em 17 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese

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A cesta básica ficou mais cara em abril em 17 das 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas foram registradas em Campo Grande (6,05%), no Rio de Janeiro (4,51%), em Natal (3,98%) e em João Pessoa (3,98%). No Recife, a cesta básica registrou um aumento de 2,97%, passando de R$ 298,60 para R$ 307,46. Apenas Manaus (-1,73%) apresentou retração no custo da cesta. Os paulistanos continuam pagando o maior valor do país por itens básicos de consumo: R$ 387,05. Em seguida, estão Vitória (R$ 376,46) e o Rio de Janeiro (R$ 374,85). As capitais com registros de cestas com menores valores médios são Aracaju (R$ 281,61), João Pessoa (R$ 299,90) e Natal (R$ 300,73).

Produtos como tomate, pão francês, carne bovina, óleo de soja e leite tiveram predominância de alta nas capitais. O tomate aumentou em 17 cidades, com taxas que oscilaram entre 2,05% e 45,98%. Apenas Manaus teve decréscimo (-4,67%). No Recife, nove dos 12 produtos pesquisados tiveram reajuste. Sem surpresas, a maior alta foi do tomate: 12,07%.

"A escassez de água na primeira safra de inverno levou a uma oferta reduzida (em relação ao ano anterior). As chuvas de fevereiro e março nas principais regiões produtoras ainda proporcionaram um bom nível dos reservatórios, mas há possibilidade de o racionamento prejudicar o transplantio nos próximos meses", destaca o Dieese em nota.

A carne, produto com maior peso relativo na cesta básica, apresentou elevação de 3,77% na capital pernambucana. Foi um comportamento semelhante a outras 16 capitais. Apenas Manaus e Belém registraram redução no preço deste item, com -0,20% e -1,35%, respectivamente.

Retração

Destaque entre os produtos que tiveram retração em abril, a batata teve preço reduzido em nove das dez cidades do Centro-Sul onde o item foi pesquisado. As taxas oscilaram entre -24,43%, em Belo Horizonte, e -5,90%, em Vitória. O produto não entra na cesta recifense. Mas dos três itens que apresentaram queda nos preços, o maior foi da farinha (-6,70%).

"O mês de abril foi marcado por pouca movimentação no mercado da farinha de mandioca, tanto na produção quanto na comercialização. Segundo o Cepea/Esalq, os estoques altos e as vendas fracas no varejo deram a impressão de baixa liquidez neste mercado e levaram a um menor preço do produto", informa o Dieese. A queda no feijão foi de 1,25%. Na mantega, a redução foi quase imperceptível (-0,18%).

Acumulado

Nos últimos 12 meses – de maio de 2014 a abril deste ano –, todas as cidades acumularam altas no preço. Aracaju (18,3%), Salvador (14,60%), Goiânia (11,74%) e João Pessoa (11,01%) tiveram as maiores elevações. O aumento no Recife foi de 6,51%. Os menores aumentos ocorreram em Belo Horizonte (1,71%) e Porto Alegre (2,67%).

Com base na Constituição, que determina que o salário mínimo deve suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência, o Dieese calcula que o mínimo ideal, em abril, deveria ser R$ 3.251,61. O valor corresponde a 4,13 vezes o mínimo oficial (R$ 788).

Em março, o salário mínimo necessário correspondeu a R$ 3.186,92. Em abril do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família era R$ 3.019,07 ou 4,17 vezes o mínimo em vigor à época (R$ 724). Esses cálculos consideram o valor da cesta mais cara (de São Paulo) para uma família de quatro pessoas.



Veículo: Diário de Pernambuco


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