Número de empresas exportadoras continuará crescendo em 2015, prevê AEB

Leia em 2min 10s

A quantidade de empresas exportadoras no país, que, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, são atualmente 19.250, continuará crescendo este ano. A avaliação é de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). A estimativa da entidade é de aumento de cerca de 10% ante 2014.

 

 



No ano passado, na comparação com 2013, foram registradas 441 novas empresas exportadoras, com elevação de 2,3% no número total. Isso ocorreu apesar do recuo de 7% na média diária de exportações no período, de US$ 242 bilhões para US$ 225,1 bilhões, sob a influência de fatores como a queda no preço de commodities e o déficit da conta-petróleo.

Para José Augusto de Castro, apesar de pouco expressiva, a alta no número de empresas é importante por representar uma reversão da tendência de diminuição no número desse tipo de empresa. “Desde 2005, o número de empresas exportadoras vinha caindo. Essa queda foi interrompida em 2013, com a abertura de 179 empresas e agora, em 2014”. Ele destaca que, no passado, o real valorizado em frente ao dólar era desfavorável às exportações. Recentemente, com a disparada da moeda norte-americana, o cenário se inverteu.

“A queda (até 2012) ocorria claramente por conta da taxa de câmbio. Principalmente a partir de 2003, com o real valorizado, as empresas começaram a perdercompetitividade. Já as importadoras cresceram continuamente. Hoje, são 44.049, praticamente o dobro das empresas exportadoras”, informa. Segundo ele, além de o dólar em alta ter mudado a tendência em relação àquele período, a perda de força do mercado interno é outro fator favorecendo a abertura de exportadoras. "As empresas começam a se voltar para o mercado externo", diz.

Para 2015, a expectativa é que o cenário permaneça, embalado pelo dólar ainda em alta. “Estou contando que a taxa de câmbio se mantenha em um patamar de R$ 2,70. O governo federal tem todo o interesse em jogar essa taxa para baixo, mas a expectativa é que o cenário econômico crie dificuldades para o Banco Central reduzi-la”, acredita o presidente da AEB.

Castro afirma ainda que a maioria das novas empresas exportadoras é de pequeno porte, situando suas vendas no patamar até US$ 1 milhão, ou entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões. “A predominância é até US$ 1 milhão. A percepção é que é um perfil típico de exportações via Correios. Quando se exporta via Correios, não se paga despachante aduaneiro, nem para fechar o câmbio de exportação. São vendas que estão limitadas até 30 quilos e US$ 50 mil”, diz.




Veículo: Diário de Pernambuco


Veja também

Brasil deverá colher mais soja, diz USDA

    Veículo: Valor Econômico...

Veja mais
Mili apresenta nova linha de fraldas infantis

Mais anatômicas e confortáveis, produto passou por repaginação também nas embalagens ...

Veja mais
BIC® realiza promoção inédita para o Volta às Aulas 2015

Empresa faz investimento recorde para o período e lança duas campanhas publicitárias com foco na fa...

Veja mais
Caminho preparado para a produção de soja

Grande fator de risco para a produção gaúcha, o clima tem se mostrado favorável na atual saf...

Veja mais
Estímulo ao uso aquece vendas de bicicletas em até 30%

Lojas do segmento relatam, inclusive, a contratação de novos colaboradores para dar conta da demanda Os i...

Veja mais
Preços de material escolar variam até 711% em Belo Horizonte

Site Mercado Mineiro levantou os preços de 82 produtos em sete estabelecimentos Os materiais escolares chegaram ...

Veja mais
Parcelamento maior das compras na volta às aulas

...

Veja mais
Ministros anunciarão medida para facilitar escoamento da safra

    Veículo: Valor Econômico...

Veja mais
Clima adverso volta a impulsionar preços do café

    Veículo: Valor Econômico...

Veja mais