Aumento de preço do pão francês pode chegar a 10% até maio

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A saca de 50 quilos de farinha de trigo já está chegando nas padarias por R$ 100

Os baianos têm de preparar o bolso para comprar o pão de cada dia. O aumento de custos com matéria prima pressiona o preço do pão francês e derivados de farinha de trigo. Segundo representantes do setor, o pão pode ficar de 4% a 10% mais caro até maio.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Salvador, Mário Pithon, a conjuntura de aumento dos custos com a mão de obra, após o reajuste do salário mínimo, o aumento da farinha de trigo e o reajuste do aluguel, normalmente definido no início do ano, tornam os reajustes no preço do pão "prováveis".

"O aumento do preço de pão nunca é um aumento que antecipa custos futuros. É para compensar o que já passou. Eu diria que um aumento de 7% a 8% está dentro da realidade", diz Pithon.

A farinha de trigo sofreu reajustes por causa da queda de produção na Argentina, por motivos climáticos, e restrições nas exportações pelo governo argentino para conter o processo inflacionário no país. A Argentina é a principal fornecedora do produto para o Brasil.

Com as restrições da Argentina, os moinhos brasileiros estão se abastecendo com trigo norte-americano e canadense, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip).

Para o primeiro secretário da Associação dos Proprietários de Padaria da Bahia, José Luiz Varela, o reajuste pode ficar entre 4% a 10%.

"A porcentagem dos aumentos não podemos precisar, mas o preço da farinha de trigo vai gerar um aumento dos produtos finais que têm o trigo como matéria prima", diz Varela.

Pithon minimiza o temor de que a situação na Argentina ocasionaria desabastecimento. "O fato é que estou na panificação há 19 anos e nunca vi desabastecimento de trigo", disse.

Nas lojas

As padarias já sentem o impacto do preço da farinha. Gerente da padaria Superpão, na Pituba, Afonso Moura conta que o estabelecimento consegue manter o preço por causa da diversidade de produtos que comercializa.

"Vai ter que aumentar, mas não sei quando. Por enquanto conseguimos segurar. Mas se continuar assim... A saca de farinha (de 50 quilos) já chegou a R$ 100", diz Moura. Em períodos normais, a saca custa aproximadamente R$ 80.

Para o consumidor de Salvador, além de diminuir a quantidade ou pagar mais caro, resta a opção de buscar substitutos para o quase indispensável pão francês.
"Compro todos os dias. O pão já está caro. Vou ter que procurar outra coisa, como batata doce e cuscuz", diz o funcionário público Florisvaldo dos Santos.



Veículo: A Tarde - BA


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