Queda na oferta e faturamento registram queda na Ceasa Minas

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Recuo no valor negociado no mês de novembro foi de cerca de 10%



A queda de 9,4% na oferta de produtos nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em novembro fez com que o faturamento estimado para o mês, R$ 315,099 milhões, recuasse cerca de 10%. A expectativa é de retomada tanto da oferta como do faturamento ao longo de dezembro, o que será proporcionado pelo aumento da demanda promovida pelas festas de fim de ano.

De acordo com o chefe da Seção de Informação de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins, a movimentação mais fraca registrada em novembro já era esperada. Para dezembro é esperado incremento entre 10% e 15% na oferta.

"Geralmente o resultado de novembro é mais fraco que o observado em outubro e setembro. Isto acontece pela entrada de vários produtos no período de entressafra e também pela redução da oferta de itens mais sensíveis às mudanças climáticas. Nossa expectativa é que o cenário mude em dezembro, já que o mês concentra um grande período de festas", disse.

Ainda segundo Martins, em novembro foram disponibilizadas 177,871 mil toneladas de produtos na Ceasa Minas, o que representou uma queda de 9,4% frente a outubro e redução de 4,4% em relação a novembro de 2012. No período o preço médio ficou em R$ 1,77 por quilo, queda de 0,6% na comparação mensal e alta de 6% no confronto com igual mês do ano anterior.

Em novembro, a oferta de hortigranjeiros ficou 8% menor que a de outubro, totalizando 117,540 mil toneladas. Com o recuo, o faturamento caiu 12,4%, encerrando o mês em R$ 162,8 milhões. O preço médio praticado no período foi de R$ 1,39 por quilo, o que representou uma retração de 4,1% em relação a outubro.

No grupo dos hortigranjeiros, as hortaliças tiveram queda de 4,3% nos preços em relação a outubro. O destaque foi o milho verde, que teve redução de 58,5%. Outras olerícolas que tiveram redução dos preços em relação a outubro foram a berinjela, com queda de 47%, seguida pelo pepino, 34,7%, quiabo, 22,4%, cebola, 13,9%, moranga híbrida 13,6%, abobrinha italiana 12,5% e mandioca 6,8%.

Algumas hortaliças tiveram os preços impulsionados, se comparando com outubro, isto ocorreu devido ao período de entressafra ou pelas chuvas nas regiões produtoras. Dentre as altas destaque para a beterraba, que teve o preço impulsionado em 8,9%, seguida pelo inhame, com incremento de 31,7%, tomate, (20,8%), couve-flor (17,7%), chuchu (14%) e repolho (5%).


Frutas - No período, a oferta de frutas também ficou menor, com queda de 5,2% em relação ao mês anterior e uma oferta de 53,4 mil toneladas. O preço médio do grupo retraiu 3%, com o quilo negociado a R$ 1,60.

Neste grupo destaque para o figo, que teve redução de 47,4% nos preços. Outros produtos que tiveram quedas foram mamão hawaí (21,2%), manga (22,5%), mamão formosa (5,8%), morango (4,6%) e banana nanica (4,4%). Algumas frutas tiveram os preços elevados como a tangerina (28,1%), uva niágara (16,2%), banana prata (5,8%), laranja pêra (5,6%) e melancia (1,3%).

Com uma oferta de 5,066 mil toneladas, menor em 6,3% frente a outubro, os preços pagos pelos ovos encerraram novembro com queda de 11,6% e valor médio por quilo de R$ 2,2. Segundo Martins, mesmo com a queda, a oferta de ovos ficou maior que a demanda, o que promoveu a queda nos valores pagos pelos ovos.

Resultado negativo também foi observado nos cereais. A oferta do grupo ficou 15,2% menor em novembro, fazendo com que o faturamento, R$ 8,97 milhões, recuasse 18,3%. O preço médio, R$ 1,88 por quilo, ficou menor em 3,1% frente a outubro.

No setor de industrializados, o faturamento alcançado, ao longo de novembro, ficou em torno de R$ 143,3 milhões, retração de 7,14% em relação a outubro. O preço médio praticado foi de R$ 2,58 por quilo, valor 5,3% maior que o de outubro. A oferta de produtos industrializado foi de 55,5 mil toneladas, queda de 12% frente ao mês anterior.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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