Preços mínimos de algodão e laranja devem sair até dezembro

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O governo pretende fixar até o fim do ano os preços mínimos do algodão e da laranja para encerrar o ciclo de reajustes da safra 2013/14.

No caso do algodão, a decisão pode se arrastar mais alguns meses devido a divergências sobre o valor. Para a inclusão da laranja na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), já há um acordo entre os ministérios da Agricultura e da Fazenda para que o valor em R$ 10,10 a caixa de 40,8 quilos e aprovação poderá sair na próxima do Conselho Monetário Nacional (CMN). Para a safra atual, já foram aprovados aumentos dos preços mínimos de produtos importantes como milho, arroz, feijão, leite e cacau.

Em agosto do ano passado, o governo definiu um preço mínimo para a laranja de R$ 10,10 e em dezembro estendeu o benefício até março. Apesar do acordo prévio, ainda haverá alguns estudos para bater o martelo sobre a repetição do valor, proposta pela Agricultura.

O preço mínimo fixado no ano passado foi a base para os arremates realizados pela Conab por meio dos leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). O governo agiu para elevar o preço do produto no mercado, que caiu de forma acentuada. Nos 11 leilões realizados pela Conab, o governo bancou subsídios de R$ 4,48 a caixa, em média.

Para o reajuste do algodão, o Valor apurou que há desavenças sobre o tamanho do reajuste. O valor atual, fixado em R$ 44,60 por arroba, é muito criticado pelos produtores, que querem cerca de R$ 60. De acordo com entidades os representam, o preço não é reajustado desde 2003.

Já o Ministério da Agricultura defende que o valor suba para R$ 54 a arroba - ou, no máximo, até R$ 58, que é o novo cálculo da Conab para o custo de produção na temporada. O Ministério da Fazenda, entretanto, defende que o reajuste seja escalonado em dois anos para reduzir a pressão sobre os índices inflacionários. A Agricultura não aceitou a proposta e está defendendo o reajuste integral e o impasse está instalado.

Como hoje os preços de mercado estão acima do mínimo, o governo não precisará realizar leilões de compra de algodão imediatamente. Hoje, o algodão é negociado, em média, por R$ 68,78 por arroba na região de Barreiras (BA) e por R$ 64,90 por arroba em Rondonópolis (MT).



Veículo: Valor Econômico


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