Hamilton Beach chega ao país para disputar mercado de eletroportátil

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A Hamilton Beach, fabricante americana de eletroportáteis abriu no fim de junho em São Paulo seu quarto escritório fora dos Estados Unidos - os outros estão no Canadá, México e na China. A companhia quer aproveitar o aumento do consumo no país e o desenvolvimento de algumas categorias com baixa presença nos lares, como a de processadores de alimentos, diz Eduardo Meirelles, que comanda a operação no país.

"Três categorias são indispensáveis nas casas: cafeteira, ferro de passar roupa e liquidificador. O que fica claro, pelo que observamos, é que existe uma demanda reprimida e as outras categorias estão crescendo mais. O aumento de renda se traduz em novas oportunidades para outros segmentos, como processador de alimentos, batedeira ou cafeteira com mais tecnologia", diz ele.

A Hamilton Beach tem 500 funcionários e faturou US$ 521 milhões em 2012, 5,8% a mais do que em 2011. Pertence à holding Nacco Industries - que opera também no varejo de utensílios de cozinha e em mineração -, e faturou US$ 873,4 milhões no ano passado.

Meirelles coordenou um trabalhou de consultoria para a Hamilton Beach até maio, quando foi contratado como gerente-geral para o Brasil. Com base em entrevistas com consumidores, a empresa montou um portfólio de 14 itens, dentre os 400 que vende.

No país, a empresa vai concorrer com marcas como Philips, Arno e De'Longhi. Os preços sugeridos para o varejo variam de R$ 100 a R$ 399. O mix da Hamilton Beach tem de ferro de passar roupa a liquidificador e processador de alimentos.

"Existe uma gama muito ampla no segmento de eletroportáteis, e os produtos se tornam aspiracionais", diz o executivo.

Os aparelhos são desenvolvidos nos Estados Unidos e produzidos em cinco fábricas, terceirizadas, na China. A importação está sendo feita pelo porto de Santos, e o primeiro contêiner está "no mar, em vias de chegar", diz Meirelles, para quem a volatilidade cambial não representa uma ameaça. "Adotamos uma taxa média de câmbio que reflete a variação projetada. Não acreditamos em alta desenfreada como já houve, apenas prevemos movimentos pontuais."

Até sexta-feira, o dólar acumulava em 2013 alta de 8,22% ante o real, cotado a R$ 2,21, segundo o Valor Data. A moeda americana atingiu o pico em 21 de agosto, quando foi a R$ 2,45. "O câmbio interfere [no ritmo de vendas], porém a maioria de eletroportáteis é importada da China e os concorrentes estão sujeitos às mesmas variações cambiais", diz Meirelles.



Veículo: Valor Econômico


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