CNI quer avanço em facilitação de comércio

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As negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) devem ser destravadas com a posse de Roberto Azevêdo como diretor-geral do órgão multilateral, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Assim, a expectativa é que a reunião ministerial da OMC em Bali, na Indonésia, em dezembro, tenha algum avanço num dos principais temas: a facilitação de comércio internacional.

A proposta consiste em um acordo para agilizar a liberação de mercadorias nas alfândegas. "Isso é uma vantagem global e tem impacto nos dois lados [do comércio]. Pode aumentar o acesso das exportações brasileiras e a indústria nacional também precisa importar seus insumos com rapidez", disse o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, ao Valor PRO, serviço de tempo real do Valor. Para ele, o setor manufatureiro obtém vantagens com a fluidez do comércio internacional e não é preciso que o Brasil crie regras para obstruir importações.

Estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o acordo seja capaz de reduzir em 10% os custos de transações para países desenvolvidos e entre 13% e 15% para países em desenvolvimento, destacou a CNI.

Entre os assuntos que devem ser discutidos em Bali, "a facilitação comercial é a principal e a mais importante para a indústria brasileira. São regras para acelerar despachos aduaneiros, liberar mercadorias com mais rapidez, reduzindo custos de transações", frisou Fabrízio Panzini, especialista em negociações internacionais da CNI.

Apesar de críticas de especialistas, a CNI considera que o órgão mantém a relevância no comércio internacional. Atualmente, 159 países são membros da OMC, sendo que grandes nações como China e Rússia, mais novos integrantes, tiveram que reduzir barreiras para entrar no organismo multilateral, ressaltou Panzini.

Num cenário de baixo dinamismo das transações internacionais e em que economias em desenvolvimento estão ganhando peso nas exportações mundiais, o Brasil se beneficia com a posse de Azevêdo não pela nacionalidade, mas pela experiência, na avaliação da CNI.

"Ele está lá para defender o comércio internacional. Ter o sistema multilateral funcionando é importante para o Brasil, que tem questões-chave na pauta", como a redução de subsídios que alguns países dão a produtos agrícolas, disse Panzini, que acredita num acordo limitado ou na ausência de alguma decisão.



Veículo: Valor Econômico


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