Forte valorização do suco de laranja na bolsa de NY

Leia em 1min 40s

A divulgação de previsões privadas que confirmaram um cenário de oferta "apertada" de laranja da Flórida na próxima temporada (2013/14) deram fôlego extra às cotações do suco ontem na bolsa de Nova York.

Os papéis do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para novembro fecharam a US$ 1,3590 por libra-peso, alta de 400 pontos. Conforme cálculos do Valor Data, foi a maior valorização de um contrato de segunda posição (normalmente o de maio liquidez) desde maio.

Aguardadas há semanas, as projeções divulgadas pela respeitada consultora independente Elizabeth Steger e pela multinacional francesa Louis Dreyfus Commodities traçaram para a produção da Flórida um panorama mais complicado do que o do ciclo 2012/13.

O Estado americano abriga o segundo maior parque citrícola do mundo, menor apenas que o paulista. Por conta de problemas climáticos e fitossanitários, colheu em 2012/13 uma das menores safra dos últimos anos - 133,4 milhões de caixas de 40,8 quilos, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) -, e a pressão vai perdurar.

Com a proliferação da doença conhecida como greening e a ocorrência de cancro cítrico e outros males - e baseada em levantamentos de número de árvores e de frutas por planta, entre outros parâmetros -, Elizabeth Steger projetou a colheita em 2013/14 em 130 milhões de caixas. A Dreyfus estimou 132 milhões.

Ainda que a demanda internacional pela commodity continue em queda, a oferta mais magra da fruta na Flórida tem colaborado para oferecer alguma sustentação às cotações - limitada pela ampla oferta em São Paulo, mas ainda assim significativa.

Segundo o Valor Data, em Nova York os contratos de segunda posição acumularam ganho de 15,81% até ontem. Nos últimos 12 meses, a alta chegou a 25,54%. Com a superoferta doméstica, contudo, os citricultores de São Paulo que fornecem a matéria-prima para as indústrias de suco continuam a receber menos de R$ 7 pela caixa no mercado spot, valor insuficiente para cobrir os custos de produção.



veículo: Valor Econômico


Veja também

TV, geladeira, fogão, computador e celular terão troca imediata

Máquina de lavar completa lista de 'produtos essenciais', que terão regras mais rígidas para a solu...

Veja mais
Otimista, Melitta prevê receita de R$ 1 bi no país em dois anos

Apesar das incertezas econômicas e da perspectiva de crescimento modesto do país, a Melitta Brasil continua...

Veja mais
Unica tenta evitar que MP de PIS/Cofins deixe de valer

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que representa as usinas de cana do...

Veja mais
Preços do diesel e da mão de obra aumentam custo logístico no ano

O custo de transportar cargas em rodovias está entre 6,81% e 7,54% mais caros ao final dos últimos doze me...

Veja mais
Ficar menor pode ser saída para a Nestlé

A Nestlé, maior companhia de alimentos do mundo, precisa retomar suas vendas, que desapontam os investidores h&aa...

Veja mais
Verallia terá em SE nova fábrica de embalagem

Disposto a concentrar sua operação no segmento de materiais de construção, o grupo franc&eci...

Veja mais
Após baixa, preço do algodão volta a subir

Os preços do etanol  hidratado nos postos caíram em 16 Estados, subiram em 10 e permaneceram est&aacu...

Veja mais
Apesar de investimentos, safra do MT enfrentará gargalo

Líder na produção de soja e de milho no País, o Estado do Mato Grosso terá as mesmas ...

Veja mais
Fabricação de pneus aumenta 6,7% no primeiro semestre

A produção brasileira de pneus deve recuperar este ano patamar semelhante ao registrado em 2010, apó...

Veja mais