Safras vê muita especulação no mercado do milho

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No mês passado, preços ficaram voláteis nos portos.

O mercado de milho brasileiro teve, em junho passado, início de colheita da safrinha no Centro-Oeste, e a conseqüente acomodação de preços. Por outro lado, houve suporte na região Sul devido às chuvas no Paraná e à paralisação da colheita.

Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, teve muita especulação com a safra dos Estados Unidos e o câmbio no Brasil. "Os preços ficaram voláteis nos portos em função desses dois indicadores", explica. Contudo, a demanda de exportação concentra-se nos meses de agosto e setembro.

"O câmbio não ajudou os negócios no porto para embarques imediatos", observa, acrescentando que o quadro de safrinha é muito bom. A colheita deverá provocar forte pressão de venda neste mês. Até o dia 21 de junho, os trabalhos na safrinha de milho evoluía para 2,1% da área estimada, conforme levantamento de Safras & Mercado para a região Centro-Sul. Em igual período do ano passado, o índice era de 0,9%. Safras trabalha com uma área de 8,206 milhões de hectares, contra 6,964 milhões do ano anterior.

Para esta semana, são esperadas mais chuvas sobre todo o Paraná, Mato Grosso do Sul e em boa parte de São Paulo e dessa forma, os trabalhos de colheita da safrinha de milho serão mais uma vez interrompidos, agravando a situação das lavouras, principalmente do Paraná e do Mato Grosso do Sul, até porque essas chuvas deverão ser de forte intensidade e de longa duração, persistindo até o final da semana.

Já no Mato Grosso, Goiás e em Minas Gerais, o tempo irá permanecer firme e sem previsão para chuvas generalizadas, contudo, como há muita umidade na atmosfera não estão descartadas a possibilidade de ocorrência de pancadas de chuvas isoladas, de fraca intensidade e curta duração, o que não irá comprometer o andamento da colheita e até pelo contrário, irá favorecer o desenvolvimento das lavouras.

Qualidade - As freqüentes chuvas que vêm sendo registradas sobre as áreas produtoras de milho 2ª safra do Paraná e Mato Grosso do Sul estão prejudicando as lavouras. Essas chuvas estão impedindo a realização da colheita e, conseqüentemente, depreciando a qualidade dos grãos.

Com isso, em algumas localidades desses estados já há sinais de perdas nos índices de produtividade. Sendo assim, segundo Safras, os percentuais de área colhida avançaram muito pouco na semana passada, sendo que no Paraná, apenas 6% das áreas foram colhidas enquanto no Mato Grosso do Sul esse valor está em 7%.

A média mensal de preços em junho no Porto de Paranaguá fechou em R$ 28,28. No Estado do Paraná, a cotação ficou a R$ 23,97. No Rio Grande do Sul, preço em R$ 27,53 a saca, em Erechim. Em São Paulo, a saca esteve em R$ 24,62, na Mogiana. Em Campinas CIF, o preço esteve a R$ 27,10. Em Minas Gerais, preço ficou em R$ 24,03. Em Goiás, preço a R$ 21,85, em Rio Verde. Em Sorriso, o preço encerrou a R$ 12,05.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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