Fundos se armam para comprar redes de varejo dos EUA

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Grupo Apax, que na semana passada comprou a cadeia de moda teen rue21, tem reserva de R$ 15,9 bi para aquisições

Grandes lojas de departamentos, como a Sacks e a Neiman Marcus, estudam opções e propostas

Com o caixa repleto e famintos por novas transações, os grupos de capital privado estão de olho no varejo dos Estados Unidos.

A mais recente transação surgiu na quinta passada, quando o Apax Partners, grupo de capital privado sediado em Londres, comprou a rue21, uma cadeia americana de moda adolescente de preço acessível, por US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões), um ágio de 23% sobre o preço de mercado.

A rue21 tinha todos os quesitos de um alvo ideal para aquisição --perspectivas de crescimento promissoras, fluxo de caixa forte e uma equipe executiva respeitada.

A Apax aposta que será capaz de expandir a rue21 e, ao mesmo tempo, reduzir suas dívidas, usando para isso o amplo fluxo de caixa que a companhia gera e a abertura de novas lojas, que trarão economia de escala.

Embora a tomada de controle da rue21 represente um esforço de capturar uma companhia cujas vendas estão em alta, outras potenciais aquisições, envolvendo lojas de departamentos como a Saks Fifth Avenue, voltada ao consumidor mais endinheirado, representariam um esforço para extrair mais eficiência de negócios maduros.

Companhia de capital aberto e capitalização de mercado de US$ 2 bilhões, a Saks está trabalhando com o Goldman Sachs para avaliar suas opções estratégicas.

O grupo de capital fechado KKR aparentemente considera fazer uma oferta pela companhia.

Enquanto isso, a Neiman Marcus, rival da Saks controlada pelos grupos de capital fechado TPG e Warburg Partners, está considerando uma venda de controle ou oferta pública de ações.

Mas lojas de departamentos representam um desafio diferente. O desempenho do segmento foi prejudicado nos últimos anos pela proliferação de lojas de marca especializadas.

Para os investidores que desejam fechar o capital da Saks ou promover uma fusão entre ela e a Neiman Marcus, o plano seria reduzir os custos. Mas existem muitos mercados nos quais elas se sobrepõem e muitas unidades teriam de ser fechadas.

O Apax, que planeja montar em junho um novo fundo para aquisições com capital de € 6 bilhões (R$ 15,9 bilhões), tradicionalmente investe em moda e varejo.

Obteve retornos de 450% ao vender sua participação na cadeia Tommy Hilfiger à Phillips-Van Heusen em 2010 por € 2,2 bilhões (cerca de R$ 5,8 bilhões).

No ano passado, a Apax adquiriu da Nike a Cole Haan, uma fabricante e rede de comércio de calçados sediada em Nova York, por US$ 570 milhões.



Veículo: Folha de S.Paulo


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