Os bastidores do negócio com a Itambé

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Um ano antes de fechar a venda para a Vigor de 50% da companhia por R$ 410 milhões, a Itambé já procurava um sócio. Com a crise financeira global, a empresa viu suas exportações de leite em pó despencarem de US$ 250 milhões, em 2008, para algo próximo de zero nos anos seguintes. No fim de 2012, a Itambé tinha uma dívida de R$ 750 milhões.

Diversos concorrentes avaliaram a Itambé. A negociação mais avançada foi com a mexicana Lala. Um acordo preliminar foi assinado em maio de 2012 e executivos da empresa já estavam no Brasil. O problema é que o contrato final demorou a ser assinado: basicamente, os mexicanos faziam novas exigências a cada rodada de conversas.

Foi neste cenário que a Vigor entrou na negociação - e fechou a compra de parte da Itambé menos de um mês depois.

Um dos entraves para a venda estava na estrutura de controle da companhia, formada por 31 cooperativas, o que não permitia a entrada de sócios não cooperados e assustava os investidores. Como preparação para o negócio, a empresa foi dividida em duas: a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), que ficou com o negócio de captação de leite e assistência a produtores, e a Itambé Alimentos S/A, que ficou com as marcas e capacidade produtiva.


Vigor lança concorrentes diretos da Danone


Principais categorias de produto

No ano passado, a empresa de laticínios da família Batista lançou 42 produtos, contra menos de 10 lançamentos no ano anterior. Em 2013, a Vigor tem como um de seus alvos a líder de mercado em iogurtes Danone. Seus produtos competem diretamente com itens do portfólio da francesa. O Lactive, para melhorar o funcionamento do intestino, vai brigar nas prateleiras com o líder desse segmento no País, o Activia.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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