Produtos derivados de animais têm 6% de reprovação

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Pelo menos 6% dos produtos de origem animal inspecionados pelo governo durante a produção industrial são considerados como fora dos padrões.

Quando se trata da avaliação dos procedimentos adotados pelas indústrias durante o processo de produção, o percentual de não conformidade é ainda maior: 9,5%.

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura e consideram apenas os derivados de animais (carnes, leite, queijo etc.) avaliados em indústrias com inspeção federal.

Estados e municípios também fiscalizam produtos derivados de animais. As carnes ou produtos que não estão em conformidade com os padrões do controle sanitário devem ser incinerados.

Já os estabelecimentos com problemas no processo de produção devem interromper as atividades.

José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP e especialista no setor, diz que essas taxas são razoáveis e estão dentro dos padrões internacionais.

Segundo ele, o processo de controle sanitário do país vem melhorando e os chamados abates clandestinos -sem nenhum controle- estão se limitando a regiões afastadas dos grandes centros de consumo.

Os dados referentes a quanto produto é oriundo da clandestinidade são incertos. Algumas estimativas indicam pelo menos 20% do total da carne produzida.

Dados do IBGE indicam uma disparidade entre a quantidade de couros negociados no mercado brasileiro e a de animais abatidos.

Considerando 2011, os curtumes processaram um total de couros 18,5% maior do que o número de animais abatidos. O total de couro superou em 5,3 milhões os animais abatidos. Grande parte desse couro provém de estabelecimentos não inspecionados.

Esse percentual, que era de 30% há uma década, vem caindo devido ao aumento de fiscalização e profissionalização dos estabelecimentos, segundo o IBGE.

Para o Ministério da Agricultura, o consumidor tem papel importante nesse processo. Deve avaliar os produtos, recusando os que não tenham o selo de inspeção federal, estadual ou municipal.

Ferraz adverte que diminuiu o abate "clandestino sanitário", mas não o "clandestino fiscal": o total de bois que vão para o abate sem registro por uma questão fiscal. "É preciso tirar o setor da clandestinidade", diz ele.



Veículo: Folha de S.Paulo


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