Para reforçar Perdigão, BRF decide investir no futebol

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Para compensar a saída de alguns segmentos e manter a marca forte, empresa vai patrocinar a Copa do Brasil


A BRF quer compensar a ausência temporária da marca Perdigão na seção de salames, lasanhas e pizzas dos supermercados com um reforço na sua estratégia de marketing. Em um acordo firmado em 2011, a empresa retirou a marca de categorias em que tinha presença relevante por um período de até cinco anos. Essa foi a determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a fusão de Sadia e Perdigão, que criou a BRF.

Para manter a marca viva e forte na cabeça do consumidor, a BRF criou um plano de ação. Uma das iniciativas foi comprar a principal cota de patrocínio da Copa do Brasil e colocar sua marca no campeonato entre 2013 e 2015, em substituição à montadora Kia. A nova edição do evento será batizada de Copa Perdigão do Brasil.

A estratégia foi definida após um estudo de posicionamento de marca iniciado pela BRF no fim de 2011 e concluído em novembro de 2012. "A marca Perdigão é um patrimônio importante da empresa. É uma marca ligada à brasilidade e à culinária regional. Achamos que o patrocínio ao futebol se encaixa perfeitamente no posicionamento da Perdigão", disse o diretor de marketing da unidade de carnes da BRF, Eduardo Bernstein.

Além de dar seu nome ao campeonato, a empresa também tem reforçado a presença da Perdigão nos supermercados. A marca entrou em novas categorias, como maionese, e lançou mais opções de pratos prontos na linha Meu Menu.

Esporte. O patrocínio da Copa do Brasil é o maior já feito pela Perdigão e a primeira grande ação no futebol nacional. A empresa estreou nos patrocínios esportivos em 1964, com o apoio ao time de futebol de Videira, em Santa Catarina. Entre os anos 70 e 90, também patrocinou atletas de automobilismo e times de futebol de salão e basquete de cidades do interior.

"Patrocinar a Copa do Brasil é uma boa saída para a Perdigão. Isso mantém a marca forte, associada a um esporte popular e sem apoiar especificamente um time de futebol", disse o chefe do departamento de marketing da ESPM, Marcelo Pontes. Ele lembra que, além de divulgar a marca em rede nacional, a empresa pode aproveitar o patrocínio para estreitar seu relacionamento com públicos importantes, como funcionários e supermercadistas, distribuindo convites para os jogos.

Ao avançar no patrocínio esportivo, a Perdigão segue um caminho já trilhado pela Sadia. A marca apoia atletas como o ginasta Arthur Zanetti e a judoca Sarah Menezes, medalhistas de ouro na Olimpíada de Londres.

Bernstein ressalta que não há conflito de interesse entre Sadia e Perdigão na área de patrocínio esportivo. "São posicionamentos diferentes. A Sadia foca em atletas olímpicos para reforçar uma imagem ligada à alimentação saudável. Já a Perdigão entrou no futebol para se associar à brasilidade."

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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