CNC: Incerteza política dilui ânimo do comerciante

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São Paulo - Já sob reflexo das delações do empresário Joesley Batista, da JBS, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) evidenciou a cautela do empresário com o futuro. Ainda que a economia dê sinais de melhora, as incertezas políticas ainda são o pior vilão para a retomada.

Na passagem de maio para junho, o indicador ficou em 102 pontos, mesmo patamar verificado um mês antes. O dado, que vai de 0 a 200 pontos, ainda reflete a incerteza política do País, que recaí sobre a percepção do empresário com o futuro. "A tramitação da agenda de reformas e a leve recuperação das vendas do comércio vinham incentivando as expectativas dos comerciantes nos últimos três meses. Os acontecimentos políticos de maio, no entanto, lançaram novas incertezas no cenário de retomada da atividade econômica, afetando a confiança dos tomadores de decisão no varejo", afirma em nota a economista da CNC Izis Ferreira.

Segundo a economista, os acontecimentos na cena política envolvendo o presidente da República Michel Temer, ocorridos na segunda metade de maio, produziram novas incertezas sobre a evolução das reformas no Congresso e o desempenho da atividade econômica nos próximos meses, influenciando os resultados relativos às perspectivas na pesquisa de junho. A conjuntura impactou a confiança no comércio, avalia a CNC. Houve reduções nos índices de expectativas no curto prazo dos três itens: economia (-5,3%), comércio (-2,3%) e desempenho da empresa (-1,1%).

"O cenário político mais conturbado ampliou as dúvidas dos agentes quanto à tramitação das reformas necessárias para ordenar as contas públicas. Nesse sentido, o desempenho da economia brasileira nos próximos anos pode ser mais fraco do que o esperado, no cenário de depreciação do Real e de queda mais lenta das taxas de juros", diz a Izis.

Em junho, o subíndice que mede as intenções de investimento do comércio caiu 0,9% com ajuste sazonal, indo a 88 pontos. Na passagem de maio para junho, diminuíram as intenções de contratação de funcionários (-1,9%), investimento nas empresas (-0,1%) e em estoques (-0,1%). A expectativa quanto ao desempenho da economia também piorou em junho: na avaliação de 77,8% dos entrevistados, a economia vai evoluir nos próximos seis meses. Em maio, esse percentual havia chegado a 81,4%.



Fonte: DCI São Paulo


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