Ceará: Confiança cresce e 52,1% dos consumidores pretendem ir às compras

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O valor médio das compras estimado pelos consumidores para este mês é de R$ 315,70



Na contramão do cenário de redução sistemática no ritmo de consumo, que vinha se apresentando no comércio da Capital cearense ao longo de 2014, o fortalezense entrou outubro mais confiante e demonstra pretensão de voltar às compras, sinalizando uma retomada do consumo, que movimentará principalmente o varejo de vestuário, televisores, calçados e celulares. É o que revela a nova edição mensal da Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE).

Conforme o estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), em outubro o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza cresceu 3,2% em relação à setembro, passando de 127,1 pontos para os atuais 131,3 pontos. Associado à performance positiva do ICC, a intenção de consumo também experimentou alta, passando no mesmo período de 51% para 52,1% dos consumidores entrevistados - maior taxa de intenção de compra do ano.

A pesquisa mostra que o crescimento do ICC resulta do aumento do Índice de Situação Presente (ISP), que subiu 1,2% (de 128,4 para 129,9 pontos) entre setembro e outubro, e do Índice de Expectativas Futuras (IEF), que contabilizou 4,6% de expansão no mesmo período, passando de 126,3 pontos para 132,1 pontos em outubro.

O ICC é o maior desde março deste ano, quando ficou em 130,4 pontos. Janeiro e fevereiro apresentaram, respectivamente, índices de 137,7 e 133,7.

Otimismo


O otimismo dos consumidores de Fortaleza e Região Metropolitana é evidenciado também na perspectiva em relação ao próximo mês. Para 63,4% dos entrevistados são boas as percepções sobre a compra de bens duráveis para o mês de novembro.

A situação financeira da família em comparação há um ano atrás é considerada boa por 79,4% dos entrevistados. Já a expectativas sobre a situação financeira familiar para os próximos doze meses é avaliada como boa para 69,5% deles.

Sobre a situação econômica do País nos próximos doze meses, 58,2% preveem que será boa e 7,3% estimam que será ótima. Para os cinco anos seguintes a projeção é boa e ótima para 69,4% dos entrevistados.

Intenção de compra


Em relação à intenção de compra em outubro, os produtos que tendem a ser mais procurados são artigos de vestuário(23%), televisores (18,2%), calçados (16,6%), aparelhos de telefonia celular (14,2%), móveis e artigos de decoração (13,6), geladeiras e refrigeradores (12,4%) e também máquinas de lavar roupas (11,3%).

O valor médio das compras estimado pelos entrevistados para este mês é de R$ 315,70, sendo que 71,9% pretendem desembolsar até R$ 250,00. Considerando, o gênero dos consumidores, a intenção de compra apresenta leve variação, de 0,1 ponto percentual (p.P.), entre mulheres (52,1%) e homens (52,0%).

A intenção de ir as compras é mais acentuada entre os consumidores na faixa etária de 25 a 34 anos (55,7%), seguidos imediatamente pelos jovens com idade de 18 a 24 anos (54,8%). Também estão mais ávidos a consumir em outubro, pessoas com renda familiar superior a dez salários mínimos (61%) e com nível superior de escolaridade (64,1%).

Sem pessimismo

Para o diretor executivo da Fecomércio, Alex Araújo, a pesquisa atesta a reversão na tendência de queda do otimismo verificada ao longo do ano. "Uma parte expressiva da retração que verificamos no consumo em meses anteriores está relacionada à leitura do ambiente econômico por parte do consumidor. O receio da inflação, da desaceleração do mercado de trabalho, o maior endividamento da população e o alto custo desse endividamento levaram a uma reação lógica de redução do potencial de consumo para ajustar o orçamento das famílias, que passaram a se preparar para um cenário mais crítico", explica.

"Porém, com a chegada do 'B-R-O-BRO' essa preocupação foi colocada em segundo plano. Até porque, do ponto de vista do emprego, nesse período se intensifica a contratação de temporários. Além disso, a inflação dá sinais de desaceleração e, com a redução do consumo, os indicadores de crédito acabaram melhorando", completa.

Com relação aos produtos pretendidos pelos consumidores, Alex Araújo explica que vestuário e calçados são produtos típicos desse período, que antecede as datas comemorativas de fim de ano. "Indica, principalmente, uma atualização no guarda-roupa da população, especialmente os mais jovens", diz.

Quanto à indicação dos televisores como segundo produto desejado, ele diz que as TVs mantiveram o nível de vendas depois da Copa da Mundo da Fifa deste ano, contrariando os prognósticos, em grande parte devido à tecnologia digital presente nos novos aparelhos.

Magazine Luiza abrirá  mais 10 lojas em Fortaleza


Fortaleza/Rio de Janeiro. A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, disse nesta quinta-feira, 16, que a rede vai inaugurar mais 10 lojas em Fortaleza, com investimentos de R$ 2 milhões. Também está nos planos a abertura de um Centro de Distribuição no Estado, ainda sem data definida.

Hoje, a rede de lojas Magazine Luiza possui cerca de dez unidades já funcionando na Capital cearense. De acordo com informações disponibilizadas no site da empresa, também há lojas da rede em outras cidades do Estado, como Juazeiro do Norte, Maracanaú, Crato, Itapipoca, Caucaia, Sobral, Tianguá e Sobral.

Ao todo, segundo Luiza Trajano, a rede abrirá 35 lojas no País este ano. Um desejo da presidente do grupo é conquistar presença física no Rio de Janeiro e Espírito Santo. "Não estamos ainda no Rio de Janeiro e Espírito Santo, precisamos chegar rápido", afirmou, em palestra durante evento da Unimed, no Rio. No entanto, a empresária disse não haver previsão para a abertura de lojas na região.

Atualmente, o Magazine Luiza possui 744 lojas em 16 estados, que empregam 24 mil funcionários. A presidente do grupo declarou que estava em período de silêncio, por causa da divulgação dos resultados do terceiro trimestre, prevista para 30 de outubro, portanto, se negou a dar mais detalhes sobre os negócios ou a avaliar a conjuntura econômica.

Dívidas em atraso no  NE sobem menos


De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), elaborados em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em setembro, houve crescimento, no volume de dívidas em atraso em todas as regiões brasileiras. No entanto, as regiões Sul e Nordeste apresentaram crescimentos menores - de 4,42% e 4,93%, respectivamente - se comparados à média nacional (5,07%). Já as regiões Norte (7,05%), Sudeste (5,83%) e Centro-Oeste (5,81%) registraram percentuais mais elevados do que o consolidado geral.

Conforme o SPC Brasil e com a CNDL, na comparação com setembro do ano passado, destacam-se, nas regiões Norte e Nordeste, as variações das pendências de serviços de comunicação, como telefonia, TV a cabo e Internet, que registraram um crescimento de 24,88% e 11,80%, respectivamente.




Veículo: Diário do Nordeste


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