Intenção de compras das famílias sobe em setembro

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Consumidores vão moderar os gastos no Natal, projeta economista

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aumentou 2,3% em setembro comparada com agosto, mas recuou 7% em relação a setembro de 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para o economista da CNC Bruno Fernandes, a melhora no mês deve-se a um avanço positivo no quadro da inflação, que registrou leve declínio.

“O ponto principal dessa pesquisa é que, desde dezembro de 2012, é a primeira vez no ano que se tem todos os componentes com resultados favoráveis na avaliação mensal. Isso se atribui a alguns pontos, incluindo o alívio pontual da inflação, fazendo com que as famílias se sintam mais otimistas em relação à renda e ao consumo”, explicou Fernandes.

Apesar da melhora no mês atual, houve piora na comparação com setembro de 2012. Para o economista, isso decorre do fim da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incidia na linha branca de eletrodomésticos e também nos automóveis. Segundo ele, outros fatores que levaram à piora neste ano são o aumento na taxa básica de juros, encarecendo o crédito ao consumidor, e o câmbio mais valorizado, tornando mais caros os produtos importados.

O aumento da confiança em setembro em relação a agosto também se deveu à base de comparação mais fraca e aos estímulos do programa Minha Casa Melhor, que o governo lançou como complemento aos beneficiários do Minha Casa Minha Vida. O programa dá acesso a linhas de crédito mais vantajosas na compra de eletrodomésticos.

Um dos pontos positivos citados pelo economista é a redução no volume de dívidas das famílias, o que acaba favorecendo novas compras: “O endividamento vem seguindo uma trajetória favorável, com uma diminuição daqui para a frente”.

Por causa disso, Fernandes previu um consumo moderado para este Natal. “A gente espera um consumo mais moderado do que o registrado no ano passado. Será um Natal bom. Não será recessivo, mas não (será) tão favorável quanfo o de 2012.”



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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