Consumo das carnes de porco e frango cresce em Blumenau

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                              Perda do poder aquisitivo faz consumidor diminuir o consumo de carne bovina e trocá-la por outros tipos.

O churrasco do fim de semana, o bife e a carne com molho estão ganhando substitutos na mesa do blumenauense. Com a crise econômica, o consumidor se vê obrigado a mudar os hábitos alimentares e substituir a carne bovina pela suína ou pelo frango. A mudança é uma estratégia para economizar, já que a carne vermelha pode custar quatro vezes mais do que o frango e três vezes mais comparada à carne suína, segundo o vice-presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) no Vale do Itajaí, Osnildo Maçaneiro.

Nas três unidades da Rede Top de Blumenau, por exemplo, o consumo da carne de porco é o que mais cresceu neste ano: os consumidores aumentaram a compra do produto em 21,46%. Em segundo lugar vem a carne de frango, com aumento de 7,76% no consumo. A bovina fica em último lugar, com crescimento de 6,2%. A pedido do Santa, o mercado comparou as vendas entre os períodos de 1º de abril de 2014 a 31 de março de 2015 e 1° de abril de 2015 a 31 de março de 2016, que mostram a variação no consumo do segundo período em relação ao anterior.

Na prateleira, uma rápida pesquisa revela a realidade: o quilo do frango pode ser encontrado por menos de R$ 4, enquanto o do porco varia entre R$ 7 e R$ 13. A carne bovina de primeira, como o coxão mole, custa cerca de R$ 24.
 
Carne bovina, só no fim de semana

 

Os preços salgados fizeram com que a costureira Priscila Elen, 25 anos, mudasse os hábitos em casa, onde moram três pessoas. Carne bovina é um produto que ficou só para o fim de semana.

_ Durante a semana comemos frango. É gostoso, mais barato e todos gostam. A carne de porco compro para colocar no feijão _ explica.
Para variar o paladar, ela garante que solta a criatividade na cozinha: prepara a ave assada, frita, coloca na sopa e utiliza o peito de frango desfiado para fazer pastelão.

A situação é parecida no lar da dona de casa Mônica Ewald, 38 anos. No entanto, ela se obriga a comprar um pouco de carne bovina porque há familiares que não comem os outros tipos de proteína. Nestes casos, Mônica escolhe a carne moída por causa do preço mais em conta.

_ Notei o aumento de tudo nos últimos tempos. Não dá mais para vir no mercado. A minha compra do mês fica em torno de R$ 1 mil _ comenta.

 



Veículo: Jornal de Santa Catarina


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