Rio Grande do Sul tenta evitar fechamento da Marfrig

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Autoridades, sindicatos e entidades do setor buscam uma forma de manter o emprego dos cerca de 600 funcionários

 



O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, está otimista quanto a uma solução para a crise que levou a Marfrig a fechar uma unidade em Alegrete, na fronteira oeste do Estado. No início da semana, a empresa enviou ofício ao governo gaúcho confirmando a decisão de suspender as atividades da planta. Autoridades, sindicatos e entidades do setor buscam uma forma de manter o emprego dos cerca de 600 funcionários e evitar prejuízos para a economia da região.

Ele explicou que, durante a conversa na quinta-feira passada com o diretor da Marfrig para o Sul do Brasil, Rui Mendonça, surgiu uma "nova posição" que será levada para a apreciação do primeiro escalão da companhia em São Paulo. O encontro em Porto Alegre durou mais de três horas e também teve a participação de sindicalistas e do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli.

O presidente da Farsul não quis detalhar qual seria a alternativa estudada no momento, mas afirmou que espera que até o dia 4 de fevereiro, quando terminam as férias coletivas dos trabalhadores da Marfrig em Alegrete, o quadro esteja "restabelecido".

Uma opção que vem sendo cogitada é a Marfrig dar seguimento ao fechamento da unidade em questão - concentrando as atividades no Rio Grande do Sul nas plantas de Bagé, São Gabriel e Pampeano - e permitindo que outra empresa do setor assuma as instalações em Alegrete.

Outra hipótese é que a Marfrig fixe uma data para retomar a produção em Alegrete. Em todos os comunicados a companhia vem frisando que decidiu pela suspensão temporária das atividades.

A empresa alega que a planta de Alegrete está deficitária e "sem perspectivas de mudança no curto e médio prazos". Entre as dificuldades apresentadas estão a falta de matéria-prima e a necessidade de um alto investimento em melhorias estruturais.

Apesar de não entrar em detalhes sobre o rumo das negociações, Sperotto sinalizou que a perspectiva de avanço na revisão do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) pode contribuir para uma decisão favorável da Marfrig. (AE)




Veículo: Agência Estado


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