O mercado brasileiro de carne suína apresentou recuo de preço tanto no atacado quanto no valor pago aos produtores pelo quilo vivo na semana passada. O analista de Safras & Mercado Allan Hedler ressalta que o movimento baixista já era esperado em virtude da demanda mais comedida durante a segunda quinzena do mês, especialmente na volta do feriado prolongado. "A queda no preço da carne bovina, produto que concorre diretamente com o suíno, também trouxe pressão às cotações", afirma.
Hedler destaca que as vendas no atacado não reagiram na volta do feriado, o que poderá implicar novas quedas de preço neste momento. "Com a virada de mês, contudo, o quadro deve mudar para o lado positivo novamente", sinaliza.
No atacado houve queda de oito centavos na carcaça tipo exportação comercializada no Paraná, que passou de R$ 5,48 para R$ 5,40, e de dez centavos em São Paulo, onde o preço passou de R$ 5,30 para R$ 5,20. A carcaça tipo exportação seguiu em R$ 5,40 em São Paulo. Já a carcaça comum registrou queda de dez centavos em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, cotadas, respectivamente, a R$ 5,05, R$ 5,05 e R$ 5,15.
No quilo vivo, Hedler destaca a baixa de dez centavos no preço verificada no Paraná nas regiões Oeste, de Arapoti e Castro, que chegou a R$ 3,25. No mercado livre deste Estado também houve recuo de dez centavos, com o quilo sendo cotado a R$ 3,30 ante os R$ 3,40 da semana passada. No interior do Rio Grande do Sul foi registrada queda de cinco centavos, com o suíno vivo cotado a R$ 3,48. Já na integração o preço melhorou um centavo, passando de R$ 2,89 para R$ 2,90 em média.
Essas modificações levaram a média diária de preços do quilo vivo na região Centro-Sul para R$ 3,30, queda de dois centavos ante a semana passada. "Mesmo assim, o preço ainda está 2,4% acima da média registrada em igual período do mês passado, de R$ 3,22, e 30,2% à frente da média diária registrada em igual período do ano passado, de R$ 2,54", compara Hedler.
Veículo: Diário do Comércio - MG