Com 95% das obras civis concluídas e as máquinas e equipamentos em fase de instalação acelerada, a indústria de abate e processamento de suínos da Coopercentral Aurora Alimentos de Joaçaba, no meio-oeste catarinense, reabrirá em 6 de janeiro do próximo ano. Para triplicar a capacidade industrial e a geração de produtos cárneos destinados à exportação, a Aurora investiu R$ 61,5 milhões na planta industrial.
Os benefícios para a economia regional serão expressivos. As primeiras projeções indicam que a unidade terá uma receita operacional bruta de R$ 270 milhões por ano e uma geração de ICMS de R$ 12 milhões ao ano. Cerca de 56% da produção será destinada ao mercado interno e 44% ao mercado externo.
A unidade estava paralisada desde abril de 2009 no auge da crise financeira internacional. As obras iniciaram em fins de dezembro de 2012 e têm prazo de conclusão para dezembro deste ano. As operações da indústria serão retomadas no primeiro dia útil de 2014 (6 de janeiro), assegura o presidente Mário Lanznaster. O dirigente antecipou que ficará concentrada em Joaçaba a maior parte da produção de carne suína destinada ao mercado externo.
Investimentos
Os investimentos em construção civil, máquinas e equipamentos permitirão triplicar a capacidade de abate de 1 mil para 3 mil suínos por dia. Na primeira fase, em janeiro de 2014, o abate será de 1,5 mil animais e, em setembro, sobe para 3 mil ao dia.
Com a ampliação física - que representa mais 15 mil metros quadrados de área construída e compreende os setores administrativos, industriais, de tratamento de efluentes e de apoio - o complexo ficará com área total de 25 mil metros quadrados.
No atual estágio, mais de 400 pessoas trabalham na planta industrial, onde as obras civis estão praticamente concluídas. Os setores administrativos estão concentrados em um novo prédio de dois pavimentos e 5 mil metros quadrados de área para abrigar ambulatório, dois refeitórios, quatro vestiários, área de lazer, auditório, Serviço de Inspeção Federal (SIF), departamento de recursos humanos e segurança do trabalho.
O layout interno de vários setores foi alterado e já foi concluída a instalação de sete câmaras de resfriamento de carcaças, sala de cortes com mezanino, túnel de congelamento contínuo e túnel estático de congelamento. Foi construída uma nova fábrica de farinhas e subprodutos e, ampliada, a casa de máquinas e de caldeiras. O sistema de tratamento de efluentes foi aperfeiçoado com novo tanque de concreto de equalização, novo flotador e nova casa de química.
Está concluída a perfuração de um poço profundo para captação de água do aquífero guarani a 659 metros de profundidade, enquanto prossegue a construção de canalização em PAD (polímero de alta densidade) com seis quilômetros de extensão para a destinação dos efluentes tratados até o rio Caraguatá.
Por outro lado, no campo, a ampliação da base produtiva já foi autorizada, com o alojamento de matrizes e a planificação da produção de suínos que serão fornecidos pelas cooperativas agropecuárias filiadas à Coopercentral.
A inauguração oficial ocorrerá somente em 15 de abril de 2014, no 45º aniversário de fundação da Aurora. Os trabalhos são supervisionados pela equipe de engenharia da Aurora, chefiada pelo engenheiro eletricista Christian Klauck. O gerente da unidade de Joaçaba é Rodrigo Schwert.
20 hectares
O frigorífico ocupa área de 20 hectares do Distrito Industrial de Joaçaba (à margem da rodovia BR-282) e, antes da ampliação, constituía-se de planta industrial de 10.000 metros quadrados de área coberta, com capacidade para abater 200 suínos por hora ou 1.000 suínos/dia.
O complexo inclui portaria, administração, vestiários e refeitório, pocilgas, linha de abate, resfriamento, congelamento, estocagem e expedição. A linha industrial compreende os setores de choque, sangria, escaldagem, depilação e chamuscador.
O sistema de tratamento de efluentes compõe-se de lagoas de decantação, peneiras, decantadores e flotadores. Antes da paralisação, a água era captada em riacho e em poço profundo, armazenada em lago artificial para ser utilizada no processo industrial, após o que era novamente tratada e devolvida ao riacho. A reabertura do frigorífico de Joaçaba gerará 1.060 empregos diretos e 3 mil empregos indiretos: cinco vezes o número de postos de trabalho que existia quando a unidade fechou, em 2009. A empresa iniciou neste mês o recrutamento de pessoal.
Veículo: DCI