Alimentos pressionam a inflação na capital mineira

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IPCA avançou 0,72% em Belo Horizonte no mês passado, aponta IBGE


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,72% em Belo Horizonte no mês passado, representando queda de 0,01 ponto percentual em relação a junho, quando o índice chegou a 0,73%. Com a redução, a taxa permaneceu acima da média nacional (0,64%) e foi a sexta maior do País, ficando abaixo somente de Goiânia (1,03%), Salvador (0,93%), Recife (0,92%), Campo Grande (0,79%) e Belém (0,76%).

Quando considerado o acumulado de janeiro a julho de 2016, o resultado atingiu 6,04% na Capital e 5,76% em âmbito nacional. Já nos últimos 12 meses, os índices foram de 8,63% e 9,56%, respectivamente. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA mede a inflação para famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos em 13 capitais brasileiras.

De acordo com a gerente de pesquisa do IBGE, Irene Maria Machado, o resultado mensal da RMBH praticamente acompanhou o do Brasil, e também teve como maior pressão o preço dos alimentos. No caso da Região Metropolitana, o grupo de alimentos e bebidas registrou inflação de 1,61% no mês de julho, enquanto a média das capitais fechou o sétimo mês do exercício em 1,32%.

Alguns itens, porém, segundo a economista, tiveram seus custos maiores na Grande BH do que no País. Foram eles: leite longa vida, cuja alta foi de 23,02% na RMBH e de 17,58% na média brasileira; arroz, com altas de 5,61% e 4,68%, respectivamente; açúcar cristal 4,87% e 1,69%, na mesma ordem; e carnes industrializadas 1,97% e 0,74%.

“No caso de muitos itens, a pressão ocorreu em virtude da oscilação do clima, prejudicando as safras de muitos grãos. Destacam-se aqui o feijão e o milho, sendo que este último, aparece na base da alimentação de muitos animais, influenciando também nos preços de seus derivados, como leite, ovos e carnes”, explica. No caso do feijão- carioca, o preço no País subiu 32,42% no mês, enquanto em BH subiu 22,18%.

Retração - Na RMBH, em julho, apenas dois dos nove grupos pesquisados apresentaram variações negativas e os únicos resultados acima da média do mês foi justamente o da categoria de alimentos e bebidas e o de despesas pessoais (0,91%). A terceira maior variação foi observada em vestuário (0,64%) e a quarta em artigos de residência (0,58%).

Logo em seguida veio saúde e cuidados pessoais (0,53%), habitação (0,13%) e transportes (0,03%). Os resultados negativos foram observados em educação (-0,01%) e comunicação (-0,05%).

Irene preferiu não opinar sobre a inflação nos próximos meses. Conforme ela, o comportamento dos preços dos alimentos – de onde está vindo a maior pressão inflacionária – é imprevisível. De toda maneira, vale ressaltar que no acumulado do ano a alta dos custos na capital mineira já chega a 6,04% e nos últimos 12 meses a 8,63%.

Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas 


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