Prévia da inflação oficial fica em 0,54% em julho, diz IBGE

Leia em 2min 30s

Alta no preços dos alimentos foi a maior para julho desde 2008.
Feijão e arroz foram os itens que mais pressionaram o aumento de preços.



 O feijão e o arroz - a tradicional combinação das refeições dos brasileiros - subiu ainda mais de junho para julho e pressionou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15). O indicador, considerado uma prévia da inflação oficial, passou de 0,4% para 0,54%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (21).

Essa alta foi puxada, não só pelo arroz e feijão, mas por todos os outros alimentos, que ficaram 1,45% mais caros de um mês para o outro, atingindo a maior taxa para os meses de julho desde 2008, quando chegou a 1,75%. Os consumidores que mais sentiram os preços subindo foram os de Goiânia, Curitiba e São Paulo.

 

 No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,19%, abaixo dos 6,9% registrados no mesmo período de 2015. Em 12 meses, o índice ficou em 8,93%, perto dos 8,98% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Dentro do grupo de alimentos, o feijão carioca foi, mais uma vez, o vilão do aumento de preços. O grão ficou, em média, 58% mais caro. Em Goiânia, por exemplo, o quilo do produto subiu mais de 80%.

A alta expressiva nos preços não partiu só do feijão. O consumidor também teve de desembolsar mais pelo arroz. O aumento médio foi de 3,36%. Em Belém, passou de 8%.

Tão consumido quanto o arroz e o feijão, o leite também ficou bem mais caro de junho para julho: 15,54% em média. Em Curitiba, a alta de preço foi de 27,46%.

Freio
O que segurou o avanço da inflação em julho foram os preços dos outros grupos de despesas que entram no cálculo da prévia e que mostraram desaceleração. Os preços relativos à habitação, por exemplo, recuaram de 1,13% para 0,04%; a artigos de residência, de 0,57% para 0,27%; a vestuário, de 0,42% para -0,08%; a saúde, de 1,03% para 0,56%; a despesas pessoais, de 0,89% para 0,532%; a e comunicação, de 0,01% para 0%.

Por outro lado, avançaram os preços de transportes, que depois de recuarem -0,69%, subiram 0,17%, em julho, e os de educação, que passaram de 0,06% para 0,10%.

Veja os itens que influenciaram o IPCA-15:
Ônibus interestadual: 3,69%
Pedágio: 1,98%
Etanol: 1,22%
Conserto de automóvel: 0,85%
Emplacamento e licença: 0,77%
Alimentos para animais: 2,38%
Serviço bancário: 2,24%
Taxa de água e esgoto: 1,30%
Plano de saúde: 1,08%
Artigos de limpeza: 1,02%
Empregado doméstico: 0,87%
Mão de obra para pequenos reparos: 0,86%

O que preveem os analistas
A previsão dos analistas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano - é de uma alta de 7,26%, segundo o boletim Focus mais recente. Deste modo, a estimativa permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.

Veículo: Portal G1


Veja também

Preço do alho chega a R$ 40 no Rio

Tempero indispensável entre os brasileiros, o quilo do alho já pode ser encontrado a quase R$ 40 nos super...

Veja mais
Intenção de contratar aumenta no comércio

Entre julho deste ano e igual mês de 2015, a intenção de contratar cresceu 6,4% – o primeiro p...

Veja mais
Vendas no varejo britânico caem 0,9% em junho ante maio, como previsto

As vendas no varejo do Reino Unido caíram 0,9% em junho ante maio, segundo dados publicados hoje pelo Escrit&oacu...

Veja mais
ABRAS divulga resultado de vendas do 1º semestre no dia 26/7

A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) realiza coletiva de imprensa no dia 26 de julho, à...

Veja mais
Participação das marcas líderes nas vendas está crescendo

Estudo da GfK Brasil mostra que o consumidor está disposto a desembolsar mais por produtos que ofereçam ma...

Veja mais
Produção de hortaliças resiste ao frio; preços não deveriam subir

   O cultivo de hortaliças no Paraná não foi afetado pela queda de temperatura e geadas ...

Veja mais
Wickbold amplia distribuição no Rio Grande do Sul

O processo de expansão da Wickbold para o Rio Grande do Sul foi possível graças à amplia&cce...

Veja mais
Com consumidor receoso, retomada em bens duráveis só deve vir em 2018

Um dos ramos varejistas que mais têm sofrido com a recessão deve ser também um dos últimos a ...

Veja mais
Importação de cebola cai para 8 mil toneladas em junho

Produto de fora do país perdeu espaço com aumento da oferta interna e queda dos preços no atacado ...

Veja mais