Apreciadores de café estão cada vez mais atentos aos sabores, tipos, origem e novas formas de preparo da bebida. O público, ainda mais exigente, caracteriza a chamada "Terceira Onda do Café", movimento que valoriza as microtorrefações, a autenticidade e a exclusividade do produto, assim como a origem de produção e os processos pelos quais o grão passa.
Com foco nesse público e nos produtores que seguem essa tendência, a Semana Internacional do Café, entre os dias 24 e 26 próximos, no Expominas, em Belo Horizonte, traz uma programação que levará informações ao público, por meio de fóruns, palestras e seminários, sobre os diferentes tipos de cafés e as regiões de Minas que têm se destacado nessa produção.
Em nota, a gerente de Agronegócios do Sebrae-MG, Priscilla Lins, disse que a a 3ª Onda se caracteriza, principalmente, pela busca do conhecimento sobre as propriedades do café. A 1ª Onda denomina-se o movimento referente à proliferação do consumo da bebida, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial. Já a 2ª Onda é marcada pela melhoria da commodity, que priorizou grãos da espécie arábica, além da expansão do uso de máquinas de café expresso.
"Atualmente, o que verificamos é que as cafeterias estão investindo em tecnologias e treinamentos de baristas para atender ao consumidor que busca qualidade e procura entender e conhecer mais sobre a qualificação da bebida, sua região de origem e peculiaridades", ressaltou.
A qualidade e as características da bebida estão diretamente relacionadas à forma de produção do café, pré-colheita e colheita, principalmente, e à sua indicação geográfica. As influências do ambiente, do processo produtivo e das pessoas envolvidas criam um fator diferenciador para o produto, que apresenta originalidade e características únicas, somente encontradas naquela região.
Classificação - Em relação à Indicação Geográfica, há duas formas de classificação: Indicação de Procedência (IP) ou Denominação de Origem (DO). A primeira caracteriza-se pelo nome geográfico de um país, cidade, região ou localidade de seu território que se tenha tornado reconhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto. Já a DO, além dessas especificações, indica, ainda, que um produto ou serviço possui características essencialmente relacionadas ao meio geográfico, incluídos fatores humanos e naturais: clima, solo, relevo, altitude.
Em Minas Gerais, essa classificação baseia-se em suas quatro regiões produtoras Cerrados de Minas, Matas de Minas, Sul de Minas e Chapadas de Minas, cujas variações ambientais e climáticas influenciam diretamente nas características do café.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG